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Páscoa

Patriarca de Lisboa: "A esperança ergueu-se do túmulo"

20 abr, 2025 - 14:17 • Henrique Cunha

O Patriarca reforçou a ideia de que “neste ano jubilar, somos chamados a ser peregrinos de esperança” e que é preciso caminhar com “os que sofrem” e consolar “os que choram” e “não desistem de semear a paz”.

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Patriarca de Lisboa deixa mensagem de esperança na homilia de domingo de Páscoa. D. Rui Valério começou por evocar “este ano jubilar, em que somos chamados a ser «Peregrinos de Esperança», e a afirmar que “a Páscoa revela-se como o coração dessa esperança”.

“Não uma esperança frágil, baseada em palavras humanas ou previsões otimistas, mas uma esperança firme, enraizada num facto: o túmulo está vazio e Jesus ressuscitou. A ressurreição de Jesus não é um mito, nem apenas um símbolo. É um acontecimento real que transforma tudo, que abre a história à eternidade, que ilumina até as noites mais escuras. E com ela, recebemos dois dons preciosos e indissociáveis: a paz e a esperança”, referiu.

Numa reflexão com seis pontos, o prelado recordou que a primeira saudação do ressuscitado aos seus discípulos foi “a paz esteja convosco” e sublinhou que “com ela (Cristo) oferece ao mundo a paz que nasce da cruz e floresce na esperança pascal”.

“Paz e esperança que precisamos neste tempo, que nos é dado viver que o mundo precisa para ser o que Deus quer”, acrescentou.

D. Rui Valério diz que “o Jubileu chama a uma renovação profunda: a deixarmos para trás o homem velho – feito de medo, de egoísmo, de indiferença – e a revestirmo-nos de Cristo, o Homem novo, que vive e reina para sempre”. E lembrou que “hoje, o mundo tem realmente fome de esperança, mas também tem sede de autenticidade”, e defendeu que “a nossa conversão pascal é o maior testemunho que podemos dar”.

“Mostrar, com a vida, que a esperança é possível. Que é possível perdoar, recomeçar, reconstruir, viver como irmãos”, afirmou.

O Patriarca reforçou a ideia de que “neste ano jubilar, somos chamados a ser peregrinos de esperança” e que é preciso caminhar com “os que sofrem” e consolar “os que choram” e “não desistem de semear a paz”.

Em seguida lembrou que “a força surpreendente e maravilhosa da Páscoa mergulha-nos não só na imortalidade da alma, mas sim na nossa ressurreição em Cristo, desde já”, e que “a Ressurreição faz surgir homens e mulheres que não têm

medo da morte e, portanto, são capazes de colocar na história gestos de verdadeira libertação; de empreenderem caminhos de paz, de solidariedade e de esperança”.

“É urgente reavivar esta esperança, num tempo em que a violência, o medo e o desânimo parecem ter a última palavra”, exortou.

O prelado terminou a sua homília com a certeza de que “a alegria da Páscoa é real” e pediu uma “igreja viva que irradia a esperança da Páscoa, que encontra força para o anúncio e compromisso de libertação”.

“Levemos ao mundo esta certeza: a morte foi vencida, o mal não tem a última palavra e a esperança é mais forte que o medo. Hoje, começa um novo tempo. Um tempo de ressuscitados. Um tempo de fraternidade universal. Que Maria, Rainha da Paz e Mãe do Ressuscitado, nos ensine a guardar esta alegria e a espalhar esta paz. A Mãe da Esperança nos acompanhe no caminho jubilar. Cristo ressuscitou!”, concluiu.

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