21 abr, 2025 - 11:20 • Olímpia Mairos
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa recorda a presença Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude em Lisboa.
Em declarações à Renascença, Carlos Moedas fala de dias únicos na capital portuguesa e da tristeza do dia de hoje.
“Foram seis dias absolutamente únicos na nossa cidade, em que nos sentimos com energia e um momento que o Papa proporcionou aos lisboetas, que foi único na história da cidade, aquela que ele chamava a cidade dos sonhos, a cidade em que ele pronunciou pela primeira vez o todos, todos, todos”, afirma.
O autarca de Lisboa diz que “em nome dos lisboetas há seguramente uma tristeza enorme, neste dia, de ver partir este homem, que significou tanto para a humanidade”.
Carlos Moedas partilha a recordação que guarda de Francisco, no primeiro encontro, em abril de 2023, “de um homem simples, um homem de uma simplicidade desarmante, um homem que lutava tanto pela paz, que lutou tanto também pelo diálogo inter-religioso”.
O presidente da Câmara de Lisboa assinala ainda que Francisco foi um Papa com quem os políticos deviam aprender.
“Neste mundo da polarização e dos extremos, ele era o Papa da moderação. Eu penso que os políticos deviam inspirar-se dessa moderação, que era uma moderação feita através de abrir os braços a todos aqueles que o rodeavam, mas, sobretudo, cuidar dos mais vulneráveis”, destaca.
Moedas lembra que na primeira reunião que teve com Francisco “uma das primeiras perguntas foi também essa, qual era o bairro, e por isso estivemos no Bairro da Liberdade, o Bairro da Serafina, com ele, porque ele queria mesmo visitar um bairro e estar com as pessoas”.
“E, de certa forma, é esse o exemplo, é que o mais importante na política são realmente aquilo que fazemos pelas pessoas, acima da política estão as pessoas, e quando ele nos inspira com essas palavras, com as ações, porque era um homem de ação, obviamente que os políticos devem olhar para o exemplo dele, como líder religioso, mas, sobretudo, como um homem cuja simplicidade era a sua maior arma, e que era estar com aqueles que mais precisavam, e eu penso que a política precisa disso, não precisa de extremismos nem à direita nem à esquerda, precisa exatamente disso que ele era, e ele mostrou, em tantos momentos”, conclui.