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Morte do Papa Francisco

D. António Marto. Sucessor "tem de continuar estes processos que o Papa Francisco iniciou e lançou”

21 abr, 2025 - 17:39 • Lusa

D. António Marto vai participar no próximo Conclave que vai escolher o sucessor de Francisco.

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O Cardeal D. António Marto diz que não esperava ser tão cedo cardeal eleitor no Conclave para escolher o sucessor do Papa Francisco, que morreu esta segunda-feira, e salientou que a Europa não é o centro da Igreja.

"Enquanto cardeal eleitor não esperava ser tão cedo", afirmou à agência Lusa António Marto, acrescentando que também pode ser eleito, mas nem o pretende, nem tem esperanças de que tal suceda.

Em 2018, António Marto, à data bispo da Diocese de Leiria-Fátima, foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco.

O Papa Francisco morreu aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

D. António Marto disse que vai para Roma "o mais breve possível".

"Só estou à espera que seja anunciado o dia do funeral, porque vou para o funeral e depois tenho de lá ficar para as chamadas congregações gerais, onde se vai dialogar sobre o estado da Igreja e o perfil de um novo Papa", explicou, adiantando que depois também ficará para a posse do novo Papa.

Questionado como deve ser o próximo líder da Igreja Católica, o cardeal considerou que Novo , e que agora quer sequência também".

À pergunta se depois de um papa do "fim do mundo" será escolhido um papa europeu, o cardeal frisou que "a Europa hoje não é o centro do mundo, nem o centro da Igreja", consideração que tem de ser tomada.

"Este Papa deixou-nos o exemplo para prestar atenção às periferias e fez coisas que só um Papa da América Latina foi capaz de fazer. Um Papa europeu acho que não era capaz de ter feito o que ele fez. Foi um Papa que vinha com liberdade, liberdade, uma liberdade de espírito", assinalou.

Por outro lado, tinha uma "consciência muito aguda sobre o discernimento da situação da Igreja e do que a Igreja precisava para realizar a sua missão no mundo de hoje e neste tempo de hoje, sem nostalgia do passado", realçou.

"Portanto, é neste tempo e neste mundo que a Igreja tem de exercer a sua missão, e ninguém escolhe o tempo e o mundo em que quer viver", adiantou, acrescentando: "Eu acredito no Espírito Santo. Já nestes últimos papas tem vindo sempre um com o carisma próprio para o tempo em que vive. E acho que o próximo será também", afirmou.

D. António Marto é um dos quatro cardeais eleitores portugueses no conclave que vai escolher o sucessor de Francisco, juntamente com D. Américo Aguiar, D. Manuel Clemente e D. Tolentino de Mendonça.

O Papa Francisco morreu esta segunda-feira, aos 88 anos. "Queridos irmãos e irmãs, é com profunda tristeza que devo anunciar o falecimento do nosso Santo Padre Francisco", anunciou o cardeal Kevin Farrell, atual camerlengo, que lembrou que "ele ensinou-nos a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados".

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