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"Há um antes e um depois deste Papa". A reação do cónego Paulo Franco à morte do Papa

21 abr, 2025 - 12:14 • Redação

Cónego Paulo Franco, presidente do Grupo Renascença Multimédia, lembra o pontificado do Papa Francisco e as suas visitas a Portugal.

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"Há um antes e um depois deste Papa", é assim que o cónego Paulo Franco, presidente do Grupo Renascença Multimédia, descreve o pontificado do Papa Francisco, em declarações à Renascença.

Papa Francisco "rompeu com a imagem tradicional que o mundo e a Igreja tinham do Papa", afirma Paulo Franco, enquanto relembra a coragem do Santo Padre em ir onde "estão os problemas".

"Nas visitas que fez ao Iraque, em alguns países africanos em conflitos gravíssimos, onde os cristãos estão em minoria, arriscou a sua própria vida para defender uma causa, para defender que a dignidade das pessoas tem de estar acima de muitos interesses instalados, sejam eles políticos, sejam eles de outros poderes", acrescenta.

Para o cónego, este pontificado ficou marcado pela preocupação que o Papa tinha pela condição humana, para que fosse sempre respeitada e defendida, independentemente da crença religiosa.

Relembra ainda as visitas feitas a Portugal, "o primeiro momento, em Fátima, em que o Papa nos coloca numa relação afetuosa e próxima com a mãe do céu. Com a frase 'temos mãe', simples e inédita, lembra como nós não somos gente abandonada à nossa sorte".

Já nas Jornadas Mundiais da Juventude, num grupo restrito na Universidade Católica, "o Papa desafiou a não sermos escravos das fragilidades, mas lutadores e construtores dos nossos sonhos".

Paulo Franco referiu ainda o trabalho que Francisco desenvolveu em relação aos casos dos abusos de sexuais na Igreja, quando defendeu as vítimas e condenou os atos. "Ele alargou a gravidade dos abusos, não só aos abusos sexuais, mas aos abusos espirituais, aos abusos de poder, e lutou incansavelmente por essa causa, e sempre em defesa das vítimas", acrescenta.

O cónego releva ainda o legado que Francisco deixa à Igreja, em que, "contra tudo e contra todos, teve de fazer um caminho de purgação, de reconciliação e também de mudança".

"Tenho a certeza que as suas lutas e a sua palavra continuarão bem vivas para a humanidade".

Para Paulo Franco, os líderes políticos só têm uma forma de honrar a vida do Santo Padre: "é parar com os disparos", com os conflitos armados, para honrar "um homem que defendeu incansavelmente a paz".

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