21 abr, 2025 - 13:41 • Sérgio Costa , João Malheiro
Paulo Raimundo considera que o Papa Francisco foi um "homem de coragem" que soube colocar "o dedo na ferida relativamente às injustiças, às desigualdades no mundo, ao sistema que deixava milhões de seres humanos para trás".
À Renascença, o secretário-geral do PCP diz que esta coragem foi o "elemento marcante" do pontificado de Francisco que também ficou marcado pela "moderação corajosa", no combate pela paz.
"A sua última mensagem foi muito clara na condenação deste caminho do armamento. O Papa Francisco teve essa ousadia e coragem de uma moderação que punha o dedo na ferida. Um homem de fé que tinha grande fé nos homens. O seu exemplo marcou os católicos e também os não crentes", sublinha.
Por isso, Paulo Raimundo acredita que esta segunda-feira seja "um dia triste para toda a comunidade católica e todos os crentes, mas também um dia triste para quem, não sendo crente, acompanhou o Papa Francisco em várias e importantes batalhas".
"É um exemplo de respeito pelas diferenças, pela tolerância, pelas relações com outras crenças religiosas. Deixa a sua marca nesse caminho que é fundamental para os homens. Perdeu-se um homem que dedicou muito da sua vida e do seu conhecimento à causa dos homens", aponta, ainda.
Morreu esta segunda-feira o Papa Francisco, aos 88 anos. "Queridos irmãos e irmãs, é com profunda tristeza que devo anunciar o falecimento do nosso Santo Padre Francisco", disse o cardeal Kevin Farrell, atual camerlengo.