21 abr, 2025 - 12:15 • João Malheiro
Paulo Rangel sublinha que o Papa Francisco sempre teve duas direções importantes: "a atenção aos mais excluídos" e a preocupação em ir às periferias do catolicismo.
À Renascença, em reação à morte do Santo Padre, o ministros dos Negócios Estrangeiros refere que Francisco disse que veio do fim do mundo "para também ir aos fins do mundo".
"Ir à Mongólia, onde não há praticamente cristãos, em vez de ir aos grandes Estados católicos. Ele não foi à Argentina, a sua terra mãe. Foi aos outros, isso é muito significativo", aponta.
Para Rangel, ao escolher o nome "Francisco", o Papa "imprimiu carisma ao seu Pontificado" que foi verdadeiramente "inovador".
"A abertura ao estatuto da mulher na Igreja é uma coisa fundamental. A questão dos recasados, dos homossexuais, dos migrantes", enumera, entre outras, tomadas de posição marcantes de Francisco.
O governante português realça, ainda, a preocupação ambiental "que também é uma coisa muito franciscana". Rangel explica que se trata da ideia "de que a reconciliação com o planeta é também um dever espiritual".
Para Paulo Rangel, a marca principal do Papa Francisco é a "profecia do exemplo do gesto".
"Não é que ele não tenha feito reformas, mas aquilo nele que era mais importante era o gesto: O acolhimento do outro", aponta.