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Bispo da Igreja Lusitana: "Francisco assumiu o ecumenismo como uma dimensão fundamental"

22 abr, 2025 - 12:12 • Henrique Cunha

O bispo Jorge Pina Cabral destaca também a importância dada pelo Papa Francisco à sinodalidade.

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O bispo da Igreja Lusitana, Jorge Pina Cabral, sublinha a "sensibilidade ecuménica" do Papa Francisco.

"Francisco foi um Papa que assumiu o ecumenismo como uma dimensão fundamental da sua missão e da missão da Igreja", diz à Renascença o responsável ela Igreja Lusitana, de Comunhão Anglicana.

Jorge Pina Cabral defende que essa dimensão permitiu às Igrejas desenvolverem várias iniciativas comuns em áreas "como a justiça social, a proteção dos mais vulneráveis".

O responsável entende que o facto de Francisco ter assumido “a dimensão de ser bispo de Roma, logo na primeira noite como Papa, revelou um bispo também aberto para o mundo e também para as igrejas”.

“Foi esta sua visão que o levou, depois, a ter efetivamente um pontificado marcado por muitos eventos, muitos sinais ecuménicos e de relação com todas as igrejas, que é um aspeto muito interessante, não só com a Igreja Oriental, particularmente através do Bartolomeu I, com a Igreja Anglicana, através do Espírito Justino Hélio, mas com todas as igrejas”, sublinha.

"Francisco fez do ecumenismo uma forma de as igrejas caminharem em unidade e, ao mesmo temp,o darem uma resposta ao mundo naquilo que são as suas diversas necessidades. Por isso, para Francisco, o ecumenismo foi uma forma de as igrejas desenvolverem missão em conjunto, em áreas como a justiça social, a própria salvaguarda da criação, onde nós vemos imensas organizações ecuménicas a trabalharem em conjunto, na área da proteção dos mais vulneráveis e até dos novos escravos”, acrescenta.

O bispo da Igreja Lusitana destaca, por outro lado a importância dada por Francisco à sinodalidade que "é algo muito querido" às restantes Igrejas e que, na sua opinião, vai “aproximar as restantes igrejas, vai aproximar o povo dos batizados, independentemente da igreja a que pertencem, precisamente para caminhar em conjunto, servindo o mundo”.

“Por isso, eu acho que, acima de tudo, Francisco deixou raízes, deixou frutos que agora vão amadurecer e, naturalmente, têm também que ser defendidos”, remata Pina Cabral.

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