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Joana Marques recorda encontro com o Papa Francisco. "Uma experiência que nenhum daqueles humoristas irá esquecer"

22 abr, 2025 - 09:49 • Olímpia Mairos

A humorista diz que cumprimentou Francisco com “um bom bacalhau, assim à portuguesa”. Joana conta que foi muito emocionante ouvir de Francisco que a piada não é agressão.

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Joana Marques recorda encontro com o Papa Francisco

Joana Marques recorda na Renascença a visita que fez ao Vaticano e a audiência do Papa Francisco a humoristas de todo o mundo, num evento organizado pelo Dicastério para a Cultura e a Educação e o Dicastério para a Comunicação.

“Foi uma experiência que eu acredito que nenhum daqueles humoristas irá esquecer”, conta a humorista que cumprimentou Francisco com “um bom bacalhau, assim à portuguesa”.

No evento participaram mais de 100 humoristas, incluindo três portugueses: Joana Marques, que faz parte do programa da Renascença “Três da Manhã”, Maria Rueff e Ricardo Araújo Pereira.

Os humoristas chegaram bem cedo ao Vaticano - dada a agenda preenchida do Papa -, algo nervosos e expectantes em relação ao encontro.

“Era giro ver o mesmo ar de espanto em humoristas de todo o mundo, alguns deles muito conhecidos, sobretudo os da América, Jimmy Fallon, Chris Rock etc.”, destaca Joana Marques.

A humorista diz que todos estavam com “aquele espanto” como que perguntando-se o que estavam ali a fazer e com o que estava a acontecer.

“Parecia quase assim um sonho. E curioso também que se juntavam ali tanto humoristas muito católicos, muito religiosos, como outros ateus, como outros até que já tinham sido envolvidos em algumas polémicas por causa de sketches e paródias que fizeram, lembro-me, por exemplo, do Fábio Porchat, da Porta dos Fundos, que tinha sido aquela polémica grande com os seus especiais de Natal, sobre a vida de Jesus”, descreve.

Joana Marques diz que “todos partilhavam desse sentimento de contentamento de estar ali”, destacando que “foi muito simbólico ouvir as palavras do Papa Francisco sobre o humor, sobre a função do riso e a forma como o riso junta as pessoas”.

“E sinto que nos foi dar ali uma espécie de autorização”, assinala, lembrando que “o humorista também transgride muito, pisa muitas vezes a linha e isso faz parte”.

“E ali era quase a ideia de pode, claro”, diz Joana Marques, recordando “uma comparação que o Papa fez que podemos fazer piadas sobre Deus como fazemos de resto com as pessoas que nós amamos. E de facto se nós pensarmos... todos nós, não só os humoristas, nós brincamos muito até com as pessoas que nos são mais próximas e que quem gostamos”.

“Ou seja, a piada não é uma agressão. Muitas vezes até é o contrário disso. E eu acho que foi muito emocionante também por causa disso”, realça.

No encontro com comediantes de todo o mundo, em junho de 2024, o Papa Francisco pretendeu “celebrar a beleza da diversidade humana e promover uma mensagem de paz, amor e solidariedade”, num “momento significativo de diálogo intercultural e de partilha de alegria e esperança”.

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