23 abr, 2025 - 03:11
Foram muitos os jovens que, na noite de terça-feira, encheram a Igreja de São Domingos, em Lisboa, para uma Vigília de Oração pelo Papa Francisco, promovida pelo Patriarcado de Lisboa.
A iniciativa partiu do Serviço da Juventude, do Setor da Pastoral das Vocações e da Pastoral Universitária de Lisboa e ali se renovaram os votos de fé e esperança, na voz dos mais jovens que dizem ter vindo em forma de agradecimento.
José Menezes nunca mais esqueceu o instante em que cumprimentou o Papa, em Roma, no âmbito do Encontro Internacional das equipas de jovens de Nossa Senhora, em 2022.
“Eu tive o prazer de conhecer o Papa e dizer-lhe umas palavras. No meio do nervosismo disse: Rezo por si. E é algo que tenho feito, ultimamente, É um voto meu por tudo o que o Papa deu à Igreja, aos jovens e pelo carinho que nos tinha”, adianta à Renascença.
Outra jovem, Assunção Borba, 23 anos, teve nesta vigília mais uma prova de que o sacrifício traz uma progressão, na vida espiritual. “Esta noite, eu entre e vi um amigo meu que me puxou para carregar a Cruz. Ao início achei que era mais um trabalho que me estavam a dar e eu só queria ajoelhar-me e estar a rezar, mas disse que sim, A meio do caminho percebi que estava a carregar a Cruz depois da Páscoa, o que é espetacular, e acho que tenho uma sorte gigante em viver nesta comunidade, nesta igreja portuguesa que nos une a todos e que nos põe a rezar juntos”, confessa.
Também presente nesta vigília, José Maria recorda-se do dia em que foi eleito o Papa Francisco. “Lembro-me de estar em casa da minha avó e ver o fumo branco a sair e ver o Papa. É recordar tudo aquilo que foi este tempo em que estivemos com ele e de sermos guiados por este Pastor. É dar graças à Igreja e rezar por ela.”
Simplicidade é a palavra que Maria Pinto, outra jovem presente nesta vigília, diz que melhor caracteriza o pontificado de Francisco. “Foi uma vigília muito bonita de homenagem à vida dele e à Mensagem dele. Tudo o que fez, acho que passa sempre esta ideia de que as coisas na vida, as coisas de Cristo, são simples. Conseguiu chegar a muitos e não teve medo de ir onde foi chamado”, afirma.
O Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, presidiu à vigília e considerou que proximidade é o termo que melhor define a relação entre os jovens e o Papa Francisco.
“É uma proximidade não apenas com base na imagem, mas é uma proximidade que se percebe como muitos dos nossos jovens alimentam a sua vida a partir do que o Papa Francisco oferece como mensagem, como testemunho e também como gesto”, aponta.
O Patriarca de Lisboa entende ainda que o Papa Francisco é visto, entre os jovens, como mais um membro da família, “como um pai e um impulsionador de sonhos”.