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D. Rui Valério constata em Roma saudade do Papa que entrou de forma especial na vida dos fiéis

24 abr, 2025 - 08:36 • Olímpia Mairos , Ana Catarina André, enviada a Roma

Para o patriarca de Lisboa, o facto de Francisco pretender ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, fora do Vaticano, revela coerência.

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Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, em entrevista à Renascença em Roma
Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, em entrevista à Renascença em Roma

O patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, testemunha, em Roma, que o Papa Francisco entrou no coração de cada um, a um nível global.

“Quando passamos no meio dessa multidão enorme que forma uma verdadeira cintura em torno da Basílica de São Pedro, por filas e filas e filas intermináveis, é possível testemunhar duas coisas: a pultiformidade de línguas e o respeito profundo", disse D. Rui Valério, na manhã desta quinta-feira, em declarações à Renascença, no Vaticano.

O patriarca de Lisboa destaca “a pluriformidade de línguas que se vai escutando” e o “sentido de respeito que emana daqueles rostos”.

“Há uma saudade profunda que sentimos quanto em profundidade o Papa Francisco entrou na vida daquelas pessoas”, descreve.

Questionado sobre o que é que a Igreja em Portugal acrescentou ao pontificado do Papa Francisco, o patriarca de Lisboa crê que “poderia ter recebido de nós este tempo e esta disponibilidade para o acolhimento”.

“Aquela insistência central, aliás, nos documentos, acerca da sinodalidade sobre o passo da escuta, do dar tempo ao outro, não sei bem se foi algo que captou da maneira de ser, mas foi, sem dúvida, algo que nós testemunhamos e que nós vivemos com afinco”, aponta.

D. Rui Valério destaca também a “paixão por Nossa Senhora, que está no coração de todos os portugueses” e a “vocação inata para sermos missionários e, portanto, um povo que vai ao encontro dos outros e que acolhe os outros”.

O Papa Francisco quebrou a tradição de ser sepultado no Vaticano e vai ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior. Para D. Rui Valério, isto “significa que ele não era só o profeta da palavra, mas ele era o profeta do gesto, da coerência”.

Segundo o patriarca, quando Francisco no seu programa pastoral, insistia muito na necessidade de ir para as periferias, este é “um exemplo cabal que vai viver para a periferia da própria Basílica de São Pedro”. Além disso, o prelado destaca também a “proximidade perene e imortal com Nossa Senhora”.

O patriarca de Lisboa já tinha agendada esta deslocação a Roma para o Jubileu dos Adolescentes, para acompanhar os 150 adolescentes da diocese, um programa que se vai manter, embora com algumas alterações.

Segundo dados do Vatican News, entre as 11h00 de quarta e as 8h30 desta quinta-feira, perto de 50 mil pessoas já passaram pela Basílica de São Pedro. O número exato avançado é 48.600.

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