24 abr, 2025 - 13:10 • Ecclesia
A Comissão Justiça, Paz e Ecologia, da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CJPE-CIRP), dá “graças pela vida e testemunho do Papa Francisco” e reconhece-se “no seu apelo a uma Igreja pobre com os pobres, sinodal e em saída”.
“Inspirou-nos a escutar e caminhar com as comunidades excluídas. Ensinou-nos a denunciar estruturas de pecado que desumanizam, despersonalizam, geram pobreza e novas escravaturas, a promover uma justiça económica, social e ambiental que transforme as relações de poder e construa comunhão real”, destaca a CJPE-CIRP, num comunicado sobre a morte do Papa Francisco, enviado à Agência ECCLESIA.
O Papa Francisco faleceu esta segunda-feira, dia 21 de abril, na Casa de Santa Marta, aos 88 anos, na sequência de um acidente vascular cerebral (Ictus Cerebri), a que se seguiu um coma com “colapso cardiovascular irreversível”.
A Comissão Justiça, Paz e Ecologia da CIRP reconhece-se no apelo do Papa Francisco a uma “Igreja pobre com os pobres, sinodal e em saída”, que vive com o “cheiro das ovelhas”, atenta aos clamores da Terra e dos descartados, e no magistério e na vida do Papa encontram “alimento para a missão”.
No comunicado ‘Francisco: semente de esperança, fermento de justiça’, assinalam também o “incentivo à corresponsabilidade” entre leigos, religiosos e clérigos na construção de uma Igreja “mais próxima das realidades concretas das pessoas”, no funcionamento horizontal em assembleia; nos trabalhos em torno das migrações, da habitação e do habitat.
O organismo da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal dá “graças pela vida e testemunho” do Papa Francisco – “irmão, profeta e peregrino da esperança comprometida” – que mostrou como “devolver à religião a força da espiritualidade viva”, em sintonia com o Espírito Santo, a importância de iniciar processos que “conduzam a uma participação mais ampla”.
“E como a esperança cristã é compromisso concreto com a dignidade humana e com a conversão das estruturas que ferem o Reino”, acrescenta.
A Comissão Justiça, Paz e Ecologia explica que a sua mensagem é também um testemunho público de gratidão e continuidade, um convite a “manter viva a memória ativa de Francisco”, nas práticas sociais, comunitárias e eclesiais.
O funeral do Papa Francisco, em Roma, é celebrado este sábado, dia 26 de abril, pelas 10h00 (menos uma em Lisboa), no adro da Basílica de São Pedro; a Missa tem presidência do cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.