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Montenegro espera que próximo Papa seja “alguém que é escutado”

26 abr, 2025 - 17:52 • Pedro Mesquita, enviado da Renascença a Roma Lusa

Primeiro-ministro considera que o funeral de Francisco foi “um momento intenso” e diz que se o próximo Papa for português "será uma grande notícia", mas não quer "agoirar".

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Montenegro espera que próximo Papa seja “alguém que é escutado”

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, espera que o próximo Papa também seja alguém que é escutado, à semelhança do que aconteceu nos últimos 12 anos com Francisco.

O chefe do Governo português falou este sábado à Renascença e à agência Lusa, em Roma, após o funeral de Francisco.

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“Eu acho que é importante que a figura do Papa continue a ser a de alguém que é escutado. Não basta falar, é preciso ser escutado, há uma grande diferença entre falar e ser escutado, e este Papa conseguiu, fruto da sua autenticidade por um lado, fruto da sua simplicidade por outro, da proximidade e depois do acolhimento que a sua palavra também encontrava”, afirmou Luís Montenegro.

O primeiro-ministro defende que é preciso “alguém que tenha esta capacidade, este impacto, isso constrói-se, às vezes não é fácil e não é imediato”.

Luís Montenegro considera que o funeral foi “um momento intenso” por todo o seu pontificado, mas também pela relação estreita com Portugal.

Papa português? "Não quero agoirar"

Nestes declarações à Renascença, diz que, apesar de este ter sido um pontificado tão marcante, difícil de igualar, o próximo Papa pode ser alguém com igual dimensão.

"A história ensina-nos que esses espaços acabam por ser preenchidos e temos esperança que outras figuras poderão emergir, com novos perfis, carismas e impacto. Não quero ter uma visão apocalíptica, de que a seguir a um Papa com esta dimensão não virá outro com, eventualmente ideias diferentes, mas igual capacidade de fazer o mundo evoluir. Mas não será fácil."

Sobre a possibilidade de sucessor de Francisco ser português, Luís Montenegro nada quer dizer. Se isso acontecer e quando acontecer, será uma "grande notícia".

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“Não quero sequer dizer nada, até porque nós sabemos, há aqui este ditado que diz que quem entra Papa sai cardeal e, portanto, nem sequer vou comentar para não agoirar”, afirmou.

O presidente da Assembleia da República também integrou a delegação portuguesa ao funeral do Papa. Também em declarações à Renascença à agência Lusa, José Pedro Aguiar-Branco disse que foi uma homenagem única, um justo reconhecimento por milhares de pessoas e dos que tem o poder no mundo, que vieram para Roma despedir-se de Francisco.

Aguiar-Branco diz que o Papa Francisco tinha o poder da palavra, e a sua importância para o mudo foi muito importante.

Neste funeral houve uma emoção de todos os presentes, que se sentiram tocados no coração por este Papa, sublinhou o presidente da Assembleia da República.

A delegação que representou o Estado português nas cerimónias fúnebres do Papa Francisco foi constituída pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

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