16 mar, 2017 - 16:46
O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) rejeitou o recurso interposto pelo Sporting relativamente ao caso dos "vouchers" oferecidos pelo Benfica a árbitros, observadores e delegados. Em síntese, fica confirmada a decisão inicialmente avançada pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que havia arquivado a queixa apresentada pelos leões.
O novel órgão da justiça desportiva portuguesa fundamenta, na argumentação de rejeição, que o Benfica não incorreu em qualquer "ilícito disciplinar".
"Tendo ficado demonstrado perante a CII, o CD da FPF e o TAD, de forma inequívoca, que as ofertas ocorreram 'após os jogos', que 'tal conduta constitui prática generalizada dos clubes participantes nas competições nacionais de futebol' e que a oferta foi sempre realizada 'de forma absolutamente transparente – '(…) é sempre feita na presença dos Delegados da FPF e depois de estes ou de um dos elementos das forças policiais questionarem os árbitros sobre se os elementos do SLB podem aceder ao balneário para a concretizarem' –, não sendo de molde a colocar em causa a integridade e a credibilidade dos referidos agentes desportivos, nem tão pouco aptas a afectar a imparcialidade dos mesmos e, com isso, a verdade desportiva", pode ler-se no relatório final do TAD sobre o caso.
O TAD sustenta, por outro lado, que não fica provado que o Benfica tenha "por qualquer meio e forma, directa /ou indirectamente, expressa e/ou tacitamente, solicitado e/ou sugerido a qualquer árbitro principal, árbitro assistente, observador e Delegado da LPFP uma actuação parcial e atentatória do regular decurso dos jogos (…) de forma a beneficiar as suas equipas principal e B e/ou prejudicar as equipas adversárias em algum(ns) jogo(s) concreto(s) por aquelas disputado(s) nas competições nacionais em que participam".
A decisão final do TAD surge três meses depois de o mesmo órgão ter declinado outro recurso, desta feita dos encarnados e sobre o mesmo processo.
A exposição inicial, feita por Bruno de Carvalho, presidente verde e branco, num programa televisivo, visava a intenção de punir as águias. O emblema da Luz acabaria por contra-atacar, exigindo castigo para Bruno de Carvalho e para o Sporting por lesão da honra.