26 jun, 2018 - 19:38 • João Fonseca
A situação é irreversível. Rui Patrício assinou pelo Wolverhampton, há um contrato, e o regresso a Alvalade é, sustenta Gonçalo Almeida, inviável. No entanto, o novo cenário na SAD do Sporting, sem Bruno de Carvalho, pode devolver a transferência do guarda-redes à mesa de negociações.
"Neste contexto, temos uma terceira parte [Wolverhampton] interessada e que terá de dar a sua anuência. O regresso do Rui Patrício ao Sporting não é viável. O que me parece que é viável é uma eventual compensação, a pagar pelo clube inglês ao Sporting, para que este litígio seja resolvido de imediato", observa o especialista em Direito Desportivo, em entrevista à Renascença.
Os outros casos
Sobre os jogadores que rescindiram, mas que ainda não assinaram contrato com outra entidade desportiva, o antigo advogado da FIFA recorda que embora sejam "livres de assinar com qualquer clube", também são livres de "regressar ao Sporting".
"Existem duas fases em que as partes estão mais abertas ao diálogo, esta é uma delas. Esta primeira fase, em que os jogadores ainda não assinaram por outro clube e podem estar disponíveis para dialogar com o Sporting para encontrar uma solução amigável. Posteriormente [se a decisão estiver entre a FIFA e o Tribunal Arbitral do Desporto], aí também será uma fase em que as partes tentarão chegar a acordo. Até porque o desfecho dos processos pode ser a favor de uma ou de outra parte. Por isso, qualquer uma delas terá interesse em sentar-se, conversar e abordar eventuais soluções", considera.
A saída de Bruno de Carvalho da Sporting SAD e a entrada de Sousa Cintra abre uma nova perspetiva de entendimento entre as partes. O presidente interino da SAD já apelou aos jogadores para regressarem ao clube.