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Tocar violino a surfar. Nuno Santos quer bater recorde do mundo na Nazaré

23 dez, 2015 - 16:56 • Paula Costa Dias

Já tocou violino no cume de um vulcão e na Amazónia. Treina há cinco anos para surfar uma onda gigante a tocar o instrumento.

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Na Nazaré é grande a expectativa relativamente à forte ondulação que está prevista para estes dias. Grandes nomes do surf estão à espera das ondas grandes. Entre eles, o professor do Instituto Politécnico de Leiria, Nuno Santos. Não é um surfista como os outros: Nuno vai tentar tocar o violino enquanto surfa uma grande onda.

A ideia surgiu há dez anos na mente de Nuno Santos. O projecto "Um violino nos locais mais improváveis” consiste em tocar o violino em locais desafiadores - no cume de um vulcão ou em plena floresta da Amazónia.

Há cinco anos, o professor da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria lembrou-se de acrescentar as ondas grandes da Nazaré à lista de locais já experimentados. “Para me desafiar física e psicologicamente”, justifica.

Para Nuno Santos, que tem como grandes paixões a música e o surf, é um dois em um: permite “aplicar na prática os conhecimentos” adquiridos (Nuno tem um mestrado em marketing desportivo) e permite-lhe diferenciar-se enquanto músico.

Para conseguir alcançar o seu objectivo actual, “surfar uma onda gigante a tocar violino e estabelecer um recorde do mundo a fazê-lo”, Nuno Santos tem vindo a treinar há cinco anos.

O foco essencial, revela, “é a resistência, algum treino de força e treino de flexibilidade”. “A condição essencial é não me aleijar, fazer isto em segurança”, acrescenta.

“Se for para dentro de água com a atitude de que me estou a desafiar a mim e não a natureza e se for para lá com uma boa intenção, tenho mais probabilidades de as coisas não correrem mal, ou seja, de não me aleijar”, diz o surfista. “É preciso saber estar, com humildade, e receber esta dádiva da natureza.”

Porque o mar não perdoa, pelo caminho foram ficando vários violinos, “baratos”. O desafio acaba, por isso, por ficar caro, já que, além dos violinos, foi preciso investir numa moto de água e em equipamento de mergulho.

Dois jovens surfistas, um inglês e um oriundo do País de Gales, ajudam Nuno Santos a concretizar o seu sonho.

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