14 jan, 2016 - 12:41
O actor Alan Rickman, um dos mais bem-amados e admirados actores britânicos das últimas décadas, morreu em Londres aos 69 anos, vítima de cancro. A notícia da sua morte foi confirmadas esta quinta-feira por familiares.
A voz marcante de Rickman ressoou ultimamente em papéis como o de Professor Snape, na adaptação cinematográfica da saga Harry Potter, mas a sua ascendente vem de longe. O papel que o propulsionou para o estrelato foi o do vilão Hans Gruber no "Die Hard", "Assalto ao Arranha-Céus", que conseguiu aos 41 anos, dois dias depois de aterrar em Hollywood.
Vestiu o papel de vilão várias vezes, como de xerife de Nottingham no Robin Hood e do temível Rasputin. Mas também soube partir corações, como no papel do modesto Coronel Brandon em "Sensibilidade e Bom Senso", o romântico violoncelista em "Truly, Madly, Deeply" e como marido inconstante em "Love Actually - O Amor Acontece".
Ganhou fama nos palcos onde consolidou o respeito dos seus pares como actor e encenador. Conheceu a mulher, Rita Horton, economista e militante trabalhista, na adolescência. Juntos desde 1965, decidiram casar em 2012.
Foi premiado com um Globo de Ouro, um Emmy e um Bafta, e o facto de nunca ter ganhou um Óscar não o parecia apoquentar muito. "Os papéis ganham prémios, não os actores", chegou a dizer.
O jornal britânico "The Guardian" recorda esta quinta-feira as palavras do actor acerca da sua profissão: "Os actores são agentes de mudança. Um filme, uma peça de teatro, uma peça de música ou um livro podem fazer a diferença. Podem mudar o mundo."