02 set, 2016 - 11:27
A hora a que se faz a refeição pode ser mais importante do que a escolha dos alimentos ingeridos, indica o estudo de Ebru Ozpelit, investigadora da universidade turca Dokuz Eylul, apresentado no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia.
A investigação defende que jantar durante as duas horas que antecedem o momento de dormir pode provocar grande impacto sobre a pressão arterial.
“Se a pressão sanguínea não cair mais que 10% (durante o sono), aumenta-se o risco de problemas cardiovasculares e as pessoas têm mais hipóteses de ataques cardíacos, AVC e doenças crónicas”, explicou Ebru Ozpelit, em declarações ao jornal inglês “Telegraph”.
A investigadora aconselha as pessoas a tomarem um forte pequeno-almoço e a não deixarem de almoçar. O jantar deve ser pequeno e, segundo Ozpelit, nunca depois das 19h00.
“Devemos definir a frequência ideal e os horários das refeições porque a hora a que comemos pode ser tão importante como o que nós comemos”, acrescenta Ebru Ozpelit.
Segundo os especialistas, esta situação justifica-se porque o acto de comer liberta hormonas que causam stress no organismo, num momento em que ele deve estar relaxado. As pessoas que têm altos valores de pressão arterial durante a noite têm mais hipóteses de morrer por problemas cardíacos.
“Se as pessoas comerem tarde, o seu corpo mantém-se em alerta, numa altura em que devia estar relaxado para o sono”, refere a turca.
O estudo foi realizado a mais de 721 pacientes hipertensos, com idade média de 53 anos.