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Obras de Miró vão ficar no Porto durante 25 anos

24 out, 2018 - 09:26

O anúncio é feito pela nova ministra da Cultura, na Manhã da Renascença, no dia em que o programa Ensaio Geral faz dez anos. É um dos mais antigos programas de cultura em Portugal, que todas as semanas dá conhecer, na Renascença, o melhor das artes e dos espetáculos.

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O Estado vai entregar as obras de Miró ao Porto por um período de 25 anos. São 85 obras do pintor catalão, que passam a estar expostas na Fundação Serralves.

“É um acordo de cedência entre o Estado e o município do Porto, um acordo de 25 anos da coleção dos Mirós e depois entre a Câmara Municipal do Porto e a Fundação de Serralves, onde vão ficar, pelo mesmo período de 25 anos, estes quadros de Miró em exposição ao público”, anunciou a ministra da Cultura na Manhã da Renascença.

O acordo vai ser assinado esta quarta-feira. As obras do pintor catalão são propriedade do Estado desde a nacionalização do BPN em 2008.

Na entrevista à Renascença, Graça Fonseca falou ainda sobre o orçamento herdado.

“Como sabe, estava no Governo, mudei de ministério, portanto tenho esse lado bom de estar desde lado há três anos. O orçamento [da Cultura] não foi diretamente negociado por mim, mas também passou por mim, nas interseções dentro do Governo, que são sempre necessárias para um Orçamento do Estado”, começa por dizer.

A ministra destaca depois que, desde o início da legislatura, o orçamento para a Cultura já cresceu cerca de 38%. Este ano, retirando o que foi destinado à comunicação social do Estado (RTP, por exemplo), o aumento é de 13%.

“A cultura não é nem nunca será o parente pobre”

A ministra da Cultura destaca que, desde o início da legislatura, o orçamento para a Cultura já cresceu cerca de 38%. Este ano, retirando o que foi destinado à comunicação social do Estado (RTP, por exemplo), o aumento é de 13%.

“Os grandes aumentos destes 13% estão fundamentalmente para a Direção-geral das Artes, para o património, onde estão incluídos os museus e, ao nível das várias direções regionais de Cultura, há aumentos entre 20% e 30% dos respetivos orçamentos – o que significa também a vontade de haver um reforço ao nível territorial daquilo que é a capacidade de intervenção na cultura, não só nas direções centrais, mas também naquilo que no território acontece”, aponta.

Há uma semana e meia no cargo, Graça Fonseca defende que “a cultura tem de ser nacional e tem de ser vista em todo o país” e critica o centralismo que “acontece muito” nesta área.

“Há muitos programas extraordinários – só para dar um exemplo, há um no Algarve que se chama ‘365 Algarve’, entre o turismo e a Cultura e que une todos os concelhos da região com uma programação cultural extraordinária”, exemplifica.

“A cultura acontece por todo o lado”, remata.

“Precisamos que as pessoas usufruam de cultura”

A primeira entrevista da nova ministra da Cultura a um órgão de comunicação social coincide com o dia em que o programa da Renascença Ensaio Geral comemora 10 anos.

“Um dos motivos que me fez vir aqui hoje foi dar-vos os parabéns por este programa”, afirma Graça Fonseca.

Na opinião da ministra, “o grande desafio que temos todos é encontrar formas de fazermos parcerias, de haver diferentes atores, diferentes agentes em Portugal que trabalham para divulgar a cultura, para apoiar os artistas, para divulgar o cartaz”.

“Se conseguirmos criar estas plataformas e estas ligações em rede entre quem produz, quem cria e depois entre quem divulga e quem apoia, conseguiremos chegar a muito mais pessoas e isso é o que precisamos – que as pessoas usufruam de cultura, acedam a cultura. Porque é exatamente isso que nos vai fazer melhores como pessoas e já agora como país”, conclui.

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