19 jun, 2020 - 10:49 • Redação com Lusa
O escritor espanhol Carlos Ruiz Zafón, morreu esta sexta-feira, em Los Angeles, onde morava, anunciou a editora espanhola Planeta.
"Carlos Ruiz Zafón, Barcelona, 1964 - Los Angeles, 19 de junho de 2020", lê-se na página dedicada ao autor no portal da editora.
"Hoje é um dia muito triste para toda a equipa da Planeta, que conheceu e trabalhou com o escritor durante 20 anos, durante os quais se forjou uma amizade que transcende o profissional", lê-se no mesmo comunicado.
Zafón morreu mas continuará muito vivo "através dos seus livros", conclui a editora.
O escritor de "A Sombra do Vento" tinha 55 anos e lutava há dois anos contra um cancro do cólon, segundo a imprensa espanhola.
"O Jogo de Anjo" e "Cemitério dos Livros Esquecidos" são outras das suas obras, traduzidas em mais de 50 línguas.
Com "A Sombra do Vento", traduzido em mais de 40 línguas, Carlos Ruiz Zafón venceu em 2006 o prémio Correntes de Escritas/Casino da Póvoa de Varzim e, numa mensagem de agradecimento na altura àquele prémio literário, dizia que o romance era "uma pequena carta de amor à arte da narrativa, ao ofício de criar e contar histórias, uma homenagem a quem as constrói palavra a palavra".
O mesmo romance, que segundo a agência noticiosa Efe já vendeu dez milhões de exemplares, valeu ao escritor catalão outras distinções em Espanha e em França.
Nascido em Barcelona, em 1964, foi educado num Colégio Jesuíta, tirou jornalismo, trabalhou em agências de publicidade e editou o primeiro romance, "O príncipe da neblina", em 1993, tendo ganhado o Prémio juvenil Edebé.
O escritor vivia há mais de duas décadas em Los Angeles, Califórnia, onde escreveu romances e argumentos para cinema.
A Renascença falou com o escritor em 2016 a propósito do seu livro “O Labirinto dos Espíritos”, uma obra que completa a tetralogia iniciada há 15 anos com “A Sombra do Vento”, e que o tornou num fenómeno de vendas mundial. Recorde a entrevista.