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Marcelo condecora escritora Maria Teresa Horta com a Ordem da Liberdade

21 abr, 2022 - 23:59 • Lusa

Maria Teresa Horta é coautora, com Maria Isabel Barreno e Maria Velhos da Costa, da obra "Novas Cartas Portuguesas", "um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril (denunciando a guerra colonial, o sistema judicial, a emigração, a violência, a situação das mulheres)".

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou a escritora e jornalista Maria Teresa Horta com a Ordem da Liberdade no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, após a sessão de estreia da peça "Ainda Marianas".

"Vou-lhe entregar a Ordem da Liberdade como entregarei aos representantes das famílias das duas Marias [Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa], que não podem estar connosco neste momento", disse o chefe de Estado.

A Ordem da Liberdade destina-se a distinguir serviços relevantes prestados em defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e à causa da liberdade.

"Que bom haver uma Maria connosco neste momento, em que se aproximam 50 anos do 25 de Abril e, portanto, 50 anos do dia 07 de maio, em que, depois de um longo percurso e uma grande aventura, foi feita justiça", salientou.

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou a "ajuda fundamental" das três escritoras e autoras das "Novas Cartas Portuguesas".

"Começamos a celebrar os 50 anos do 25 de Abril e começamos pelo princípio, o que antes do 25 de Abril juntou ao 25 de Abril. E uma grande ajuda - uma ajuda fundamental -- foi a vossa. Aquilo que houve foi uma luta pela liberdade", afirmou.

O chefe de Estado consagrou Maria Teresa Horta depois de "toda a gente sair" da sessão de estreia da peça de teatro que homenageia as "Novas Cartas Portuguesas".

Nascida em Lisboa, Maria Teresa Horta frequentou a Faculdade de Letras e foi escritora e jornalista, bem como uma das mais conhecidas feministas portuguesas.

Maria Teresa Horta é coautora, com Maria Isabel Barreno e Maria Velhos da Costa, da obra "Novas Cartas Portuguesas", "um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril (denunciando a guerra colonial, o sistema judicial, a emigração, a violência, a situação das mulheres)".

De acordo com a sinopse da edição anotada por Ana Luísa Amaral, as "Novas Cartas Portuguesas" revestem-se de "uma invulgar originalidade e atualidade, do ponto de vista literário e social".

A poetisa hoje homenageada estreou-se na poesia em 1960 com a obra "Poesia Reunida", que lhe valeu o prémio Máxima Vida Literária.

Maria Teresa Horta publicou ainda "As Palavras do Corpo -- Antologia de Poesia Erótica" (2012), "A Dama e o Unicórnio" (2013), "Anunciações" (2016), vencedor do prémio Autores SPA/Melhor Livro de Poesia 2017, "Poesis" (2017), "Estranhezas" (2018) e a antologia "Eu sou a Minha Poesia" (2019).

É ainda autora dos romances "Ambas as Mãos Sobre o Corpo", "Ema" (prémio Ficção Revista Mulheres) e "A Paixão Segundo Constança H.".

A escritora recebeu também os prémios D. Dinis e Máxima Literatura pelo romance "As Luzes de Leonor, a Marquesa de Alorna, uma sedutora de anjos, poetas e heróis" (2011).

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  • pytoo
    22 abr, 2022 lisboa 10:09
    Cabia aqui umas linhas acerca de seu Pai; o Professor Doutor Jorge da Silva Horta. Mestre honestíssimo.

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