17 jan, 2025 - 00:24 • Ricardo Vieira
A Lua passou a integrar a lista negra de património ameaçado da World Monuments Fund (WMF), que pela primeira vez lança um alerta além do nosso planeta.
A organização não-governamental está preocupada com o risco de saque e destruição causada pelas viagens espaciais comerciais e defende “protocolos de preservação” do satélite natural da Terra.
A empresa SpaceX, de Elon Musk, lançou na quarta-feira duas sondas lunares para preparar futuras missões.
“Pela primeira vez, a Lua é incluída, para refletir a necessidade urgente de reconhecer e preservar os artefactos que testemunham os primeiros passos da humanidade para além da Terra – um momento decisivo na nossa história partilhada”, afirmou a presidente da WMF, Bénédicte de Montlaur, ao “Art Newspaper”.
As pegadas do astronauta Neil Armstrong e centenas de objetos, como a câmara que filmou os primeiros passos na Lua, podem estar ameaçadas pelo turismo espacial no futuro.
Na lista da WMF de património ameaçado, que não era publicada desde 2022, figuram um total de 25 locais.
Em risco estão, por exemplo, Qhapaq Ñan, um sistema de caminhos andino pré-hispânico; Antakya, na Turquia; a península de Noto, no Japão, que foram danificadas por sismos também estão na lista.
A lista é composta, maioritariamente, por património localizado em zonas de conflito, como a Ucrânia ou a Faixa de Gaza, ou em zonas afetadas pela crise climática, como a Ilha de Moçambique.