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Dança

A força das mulheres iranianas na nova coreografia de Clara Andermatt

29 jan, 2025 - 15:12 • Maria João Costa

“Sensorianas” estreia sexta-feira no Teatro Camões, em Lisboa. A nova coreografia de Clara Andermatt explora a cultura iraniana. Em palco um elenco todo feminino que explora a força e a condição da mulher no Irão.

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“Sensorianas” que sobe ao palco do Teatro Camões, em Lisboa sexta e sábado é um espetáculo que nasceu do desafio que Rui Lopes Graça lançou a Clara Andermatt para criar uma peça para o programa “Outros Mundos”, dos Estúdios Victor Córdon, inspirado na cultura persa.

O exercício levou a coreografa portuguesa a mergulhar numa cultura que desconhecia. Em entrevista ao Ensaio Geral, da Renascença, Clara Andermatt explica que o mais “importante foi mapear a diáspora iraniana em Portugal”.

“Eu sabia que o Irão tinha realmente uma riqueza cultural e artística ligada à música, à dança, à poesia. Esse foi o ponto de partida. É um país muito vasto, com muitas etnias diferentes, com muitas expressões de dança bastante diferentes e fomos mergulhar nessa direção”, explica a coreografa.

Mas rapidamente Clara Andermatt percebeu que queria trabalhar no feminino. “Quis logo desde o início, ter um elenco feminino e debruçar-me sobre o universo feminino que está muito ligado no Irão às problemáticas que todos conhecemos”, explica.

A problemática da condição da mulher “extravasa o próprio Irão”, afirma Clara Andermatt. “A mulher, a sua condição, a sua força e as suas características” são questões exploradas neste espetáculo que vai percorrer o país.

“São cinco mulheres em palco. Uma delas veio da Holanda e aceitou este desafio. É uma bailarina de dança clássica persa e que tem um conhecimento muito vasto das diferentes danças do Irão. Ela foi um ponto fundamental para nos introduzir a cultura”, explica a coreografa.

Clara Andermatt sente que mergulhou numa cultura cheia de “riqueza”. No texto de apresentação do espetáculo diz mesmo que a criação desta peça foi “uma aventura de descoberta”.

“O espetáculo acaba por ter uma forma poética, porque foi essa a minha ideia. Ao tratar a música, a poesia e a dança está cheio de referências e simbolismos em relação à cultura persa. É uma viagem por muitas histórias que se sobrepõem, evocando muito a mulher”.

Depois do Teatro Camões, em Lisboa, “Sensorianas” parte em fevereiro para Guimarães onde se apresenta no Festival Guidance no dia 13. Depois a 5 de março sobe ao palco do Teatro Aveirense, em Aveiro; dia 29 de abril apresenta-se no CineTeatro Lourletano, em Loulé, no Algarve e a 16 de maio no Teatro Viriato, em Viseu.

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