03 fev, 2025 - 06:05 • Carolina Paredes com Lusa
Beyoncé e Kendrick Lamar foram os grandes vencedores da 67.ª edição dos Grammys.
"Cowboy Carter", de Beyoncé, venceu na categoria de Melhor Álbum do Ano e é a primeira vitória nesta categoria para a artista norte-americana. Depois de quatro nomeações "Renaissance (2023), "Lemonade" (2017), "Beyoncé" (2015) e "I Am... Sasha Fierce" (2010), a artista venceu com "Cowboy Carter", um disco que mistura géneros como o country, rock, pop e ópera. a categoria foi apresentado pelo Corpo de Bombeiros de Los Angeles.
A artista norte-americana também venceu na categoria de Melhor Álbum Country e renova o estatuto de artista mais nomeada e premiada da história dos Grammys.
Além de Beyoncé, que contava com 11 nomeações, número que eleva para 99 o total na carreira e faz dela a artista com o maior número de nomeações da história, Kendrick Lamar, com os Grammys para a canção e o disco do ano por "Not Like Us", Shakira, Billie Eilish, Chappell Roan, Doechii, Sabrina Carpenter e Charli xcx pontuaram entre as estrelas da noite, que contou com a presença de Will Smith, Stevie Wonder e Janelle Monáe numa homenagem ao falecido e lendário produtor Quincy Jones.
Na Crypto.com Arena, em Los Angeles, "Not Like Us", de Kendrick Lamar, venceu nas categorias de "Gravação do Ano" e "Música do Ano". Foi uma das canções mais ouvidas do ano passado e chegou ao topo de todas as tabelas.
Chappel Roan, que ganhou destaque com a música "Good Luck, Babe", venceu na categoria de Artista Revelação. A cantora de 26 anos disputou a categoria com Benson Boone, Sabrina Carpenter, Doechii, Khruangbin, RAYE, Shaboozey e Teddy Swims.
O fenómeno Chappell Roan, numa intervenção poderosa, exigiu que as editoras discográficas dignificassem as condições dos artistas emergentes.
"Now And Then", canção inédita dos The Beatles, que foi misturada e masterizada com novas tecnologias, venceu na categoria de Melhor Performance de Rock.
A cerimónia, conduzida pelo comediante Trevor Noah pela quinta vez consecutiva, foi recheada de recados políticos dirigidos à nova Administração norte-americana em Washington e marcada particularmente pela memória recente das três semanas de incêndios devastadores na Califórnia.
Shakira dedicou o Grammy para melhor álbum pop latino com o seu 12.º álbum de estúdio, 'Las mujeres ya no lloran', à comunidade imigrante nos Estados Unidos, que a nova Administração norte-americana de Donald Trump trouxe novamente para as manchetes em todo o mundo.
Kendrick Lamar recordou no discurso os incêndios na Califórnia e, em particular, os locais do condado de Los Angeles, que considerou "um verdadeiro testemunho" de que a cidade continuará a ser restaurada coletivamente.
Também aqui uma alusão à ameaça de Donald Trump de condicionar as ajudas federais à recuperação das áreas atingidas no estado democrata.
Gaga aproveitou o microfone para reivindicar os direitos dos transgéneros e o poder da música para unir as pessoas.
Alicia Keys, que recebeu o Grammy pelo impacto global, referiu-se à ordem executiva assinada por Trump sobre o reconhecimento único de dois géneros: masculino e feminino, deixando de lado a comunidade trans.