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Castores constroem barragem e poupam 1,2 milhões de euros à República Checa

12 fev, 2025 - 01:18 • Diogo Camilo

Em apenas dois dias, uma família de oito castores construíram diques no Rio Moldava que substituem uma barragem que estava a ser projetada - e adiada - pelo governo checo há mais de sete anos.

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Sete anos de propostas, entraves, avanços e recuos para a construção de uma barragem na República Checa foram resolvidos em apenas dois dias. E tudo graças a uma família de oito castores que resolveu meter patas à obra e construir vários diques na zona protegida de Brdy, a cerca de 50 quilómetros de Praga, poupando às autarquia local cerca de 1,2 milhões de euros.

A história começa sete anos antes, quando o projeto para a construção de uma barragem do rio Moldava, o maior rio da República Checa, ficou suspensa, à espera de licenças para a construção da estrutura.

O projeto, com um custo de 30 milhões de coroas checas - cerca de 1,2 milhões de euros - estava a ser negociado entre as autoridades locais, mas acabou a ser construído em dois dias e a custo zero, por uma família de oito castores, durante o mês de janeiro.

Bohumil Fišer, da Administração da Paisagem Protegida de Brdy, conta à Radio Prague International, que contou a história primeiro, que as estruturas foram feitas com um posicionamento perfeito, aproveitando uma valeta construída por soldados para uma antiga base militar, que também estava contemplado por ambientalistas no projeto de revitalização da zona.

"Os castores são os melhores. Os locais onde constroem diques são sempre os certos, melhores do que aqueles que desenhamos no papel", afirma ao órgão checo Jaroslav Obermajer, líder da Agência para a Proteção da Paisagem da República Checa.

Naquela zona em questão apenas vive uma família de castores, composta por oito espécimes que são os obreiros destas barragens naturais, construídas com pedras, lama, madeira e outros objetos que os roedores encontram.

Os diques acabam por funcionar também como um habitat para outras espécies, como peixes, anfíbios e insectos, controlando inundações e incêndios.

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  • António Costa
    13 fev, 2025 porto 14:29
    Excelente noticia.

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