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"Capitão América". Presidente dos EUA é um supervilão em novo filme

13 fev, 2025 - 08:00 • João Malheiro

Inclusão de superheroína israelita gerou polémica, mas as projeções comerciais continuam favoráveis para a nova longa-metragem da Marvel.

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Chega esta quinta-feira aos cinemas "Capitão América: Admirável Mundo Novo", o primeiro grande blockbuster da Marvel do ano. Como o nome indica, o filme assinala a estreia de um novo Capitão América, desta vez com Anthony Mackie a assumir a identidade do superherói, depois da saída de cena de Chris Evans e da sua personagem deste universo cinematográfico.

O elenco da longa-metragem tem, no entanto, outra novidade de grande relevo: Harrinson Ford estreia-se em filmes de superheróis assumindo o papel de Thaddeus Ross, substituindo o ator William Hurt, que morreu em 2022 e tinha interpretado a personagem em outros filmes da Marvel.

Em "Capitão América: Admirável Mundo Novo", Ross é o recém-eleito Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) e, em segredo, o Hulk-Vermelho - uma versão supervilã do herói verde. O novo Capitão América terá de lidar com a pressão de ser aceite num cargo de tanto prestígio e descobrir o que é que verdadeiramente está por trás numa conspiração que envolve o chefe de Estado que, supostamente, tem de servir.

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No elenco regressam, igualmente, Tim Blake Nelson e Liv Tyler, regressando ao papel de duas personagens que apareceram, pela primeira, no filme "O Incrível Hulk", em 2008. Há a destacar também as estreias de Rosa Salazar e Giancarlo Esposito.

No entanto, foi outra escolha do elenco que gerou polémica: Shira Haas, atriz israelita, interpreta Ruth Bat-Seraph - uma superheroína que, na banda desenhada, pertence às forças especiais de Israel.

Muitos grupos de ativistas pró-Palestina e a comunidade árabe de uma forma mais geral sempre criticaram o que dizem ser a vanglorização de Israel e dos seus soldados, através da personagem criada em 1980. O mesmo voltou a acontecer quando se soube que Shira Haas iria interpretar a heroína em "Capitão América: Admirável Mundo Novo".

Na altura, o atual conflito entre Israel e Hamas, que provocou uma crise humanitária na Faixa de Gaza, ainda não tinha acontecido. Desde então, as críticas à inclusão de Ruth Bat-Seraph na longa-metragem intensificaram-se.

Do lado da comunidade judaica, houve quem também não ficasse satisfeito com as alterações feitas para adaptar a personagem ao grande ecrã. Em vez de pertencer aos serviços secretos israelitas, Shira Haas vai interpretar uma agente dos EUA que, por acaso, é israelita.

Numa altura em que Marvel tenta recuperar a confiança dos fãs e dos críticos, depois de "Deadpool & Wolverine" ter sido o único verdadeiro êxito deste universo cinematográfico, no último par de anos, "Capitão América: Admirável Mundo Novo" sai esta quinta-feira, nas salas de Cinema portuguesas, com projeções comerciais a indicarem que deverá mesmo ser um sucesso.

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