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Joana Marques não tem por objetivo estimular o sentido crítico do público

26 fev, 2025 - 09:50 • Sérgio Costa , Olímpia Mairos

O “Extremamente Desagradável”, de Joana Marques, tem quase 2,7 milhões de downloads e uma média de 216 mil ouvintes semanais. Lidera de forma destacada com mais do dobro dos ouvintes e downloads do que o segundo classificado.

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Entrevista a Joana Marques
Ouça aqui a entrevista

Joana Marques não tem por objetivo estimular o sentido crítico do público com o seu humor.

“Pode acontecer, pode ser um efeito colateral, mas não é esse o objetivo. O objetivo é sempre rir-nos daquilo. Se, depois, isso fizer alguém pensar, eventualmente, pronto, já é um efeito secundário”, diz a estrela da Renascença em declarações prestadas após a divulgação, na terça-feira, do ranking de podcasts da Marktest.

O “Extremamente Desagradável” de Joana Marques tem quase 2,7 milhões de downloads e uma média de 216 mil ouvintes semanais, tendo os dados sido divulgados esta terça-feira pela Marktest.

O podcast da Renascença, emitido diariamente às 8h15 no programa “As Três da Manhã”, lidera de forma destacada com mais do dobro dos ouvintes e downloads do que o segundo classificado, “O Homem que Mordeu o Cão”, da Rádio Comercial, e mais do quádruplo dos downloads do podcast “Contas Poupanças”, da SIC.


Tu usas no teu trabalho declarações de personalidades, figuras públicas, que também chegam a muitas pessoas, influencers, youtubers, etc. Sentes que, de alguma forma, contribuis, para lá do humor, para que o teu auditório tenha uma visão mais crítica sobre aquilo que consome diariamente nas redes sociais, por exemplo?

Não, acho que não. Ou seja, pode acontecer, pode ser um efeito colateral, mas não é esse o objetivo. O objetivo é sempre rir-nos daquilo. Se depois isso fizer alguém pensar, eventualmente, pronto, já é um efeito secundário, mas não é o objetivo… Acho que, quando há um visado de quem as pessoas gostam, podem perfeitamente continuar a gostar e a apreciar, mesmo depois de terem rido acerca daquele assunto durante 10 ou 15 minutos.

O objetivo é mesmo rir. O facto de teres um auditório cada vez mais vasto, como se percebe, alterou a produção dos teus conteúdos ou permaneces fiel à tua ideia original?

Eu acho que a ideia continua a ser a mesma, simplesmente não só por haver cada vez mais gente a ouvir, mas também por já fazermos isto há muitos anos, vamos tentando sempre fazer coisas novas, adicionar aqui camadas para não ser previsível e não se sentir que é mais do mesmo.

Isso vai um bocadinho ao encontro da minha próxima pergunta, que é, neste universo dos podcasts, quais são os principais desafios do humor? Um desafio será esse, não repetires a fórmula.

Sim, eu acho que o desafio do humor é o mesmo em todas as plataformas, seja aqui, na rádio, em direto, seja depois, em podcast, seja na televisão, que é ter graça. E já é um desafio suficientemente grande para nos angustiar dia após dia, sobretudo em coisas que são diárias, como é “Extremamente Desagradável”.

Consegues identificar a razão de tanta popularidade?

Não. Não isso acho um grande mistério, um dos maiores mistérios da humanidade. Mas fico muito contente. Ficamos as três, aliás, aqui, muito contentes.

Se eu ou a Ana fizéssemos uma pergunta do género "projetos para o futuro?", fazias um “Extremamente Desagradável” connosco?

Sim, faria. Com essa pergunta faria. E se, a seguir, falasses dos limites do humor, fazia dois episódios contigo.

Comentários
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  • Rui Santos
    26 fev, 2025 VN Vila Nova de Gaia 11:42
    Por acaso, projetos para o futuro é das perguntas mais parvas de se fazer.

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