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Emilia Pérez, do francês Jacques Audiard, vence melhor filme na 50.ª edição dos César

01 mar, 2025 - 00:34 • Lusa

Numa noite em que contava com 12 nomeações, "Emilia Pérez" foi a grande vencedora colecionando os prémios franceses de melhor filme, melhor realização, melhor fotografia, melhor música original, melhores efeitos visuais, melhor som, melhor adaptação.

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O narcomusical mexicano "Emilia Pérez", de Jacques Audiard, venceu esta sexta-feira o prémio de melhor filme na 50ª cerimónia dos Prémios César, os mais importantes do cinema francês, somando um total de sete prémios dias antes dos Óscares.

Numa noite em que contava com 12 nomeações, "Emilia Pérez" foi a grande vencedora colecionando os prémios franceses de melhor filme, melhor realização, melhor fotografia, melhor música original, melhores efeitos visuais, melhor som, melhor adaptação.

No entanto, nem Karla Sofia Gascon, de 52 anos, e Zoe Saldaña, ambas nomeadas para a categoria de melhor atriz conseguiram vencer, tendo sido ganho pela atriz e diretora de cinema francesa-tunisiana Hafsia Herzi, em "Borgo" de Stéphane Demoustier.

A gala apresentada pelo "rapper", realizador e ator Jean-Pascal Zadi, conhecido pelos seus papéis cómicos, aconteceu na noite de sexta-feira na L"Olympia, a mais antiga sala de espetáculos musicais de Paris, foi presidida pela atriz francesa Catherine Deneuve, que a dedicou à Ucrânia.

"Declaro aberta a 50ª cerimónia do César e dedico-a à Ucrânia", disse em palco Catherine Deneuve, que tinha no peito um crachá com a bandeira ucraniana, num momento de especial tensão nas negociações de paz para o país invadido desde há três anos pela Rússia.

Na edição deste ano foi entregue um César honorário ao cineasta greco-francês Costa-Gavras, de 91 anos, e à atriz norte-americana Julia Roberts, de 57 anos, que foi aplaudida de pé.

"Estou grata a todas as pessoas que me tornaram possível viver este sonho, e a minha vida hoje é um sonho", declarou a atriz conhecida por filmes como "Um sonho de mulher" e "Notting Hill".

O musical mexicano protagonizado pela espanhola Karla Sofia Gascon, que fez a sua primeira aparição pública em Paris esta noite desde a controvérsia causada por comentários controversos, ofuscando os dois favoritos da noite, "O Conde de Monte Cristo", de Matthieu Delaporte e Alexandre De La Patellière, e "Corações partidos", de Gilles Lellouche.

Karim Leklou venceu melhor ator com "O romance de Jim" de Arnaud e Jean-Marie Larrieu, Alain Chabat como melhor ator coadjuvante em "Corações partidos" e Abou Sangare em "A história de Souleymane" para melhor ator emergente.

Na categoria de melhor atriz secundária venceu Nina Meurisse em "A história de Souleymane", para melhor atriz emergente Maïwène Barthélémy em "Vinte Deuses".

"Flow, o gato que não tinha medo da água" de Gints Zilbalodis ganhou o prémio de melhor filme de animação, como melhor argumento original venceram Boris Lojkine e Delphine Agut por "A história de Souleymane" e para melhor primeiro filme "Vinte Deuses" de Louise Courvoisier.

Já na categoria de melhor filme estrangeiro venceu "A Zona de Interesse", do realizador britânico Jonathan Glazer, que não esteve na gala mas deixou uma mensagem que estabelece paralelos com a situação em Gaza.

A academia francesa prestou ainda uma homenagem emotiva ao ator franco-suíço Alain Delon, falecido no ano passado aos 88 anos, com excertos de vários dos seus filmes mais famosos.

Antes desta gala, a Academia do César reforçou as suas regras contra a violência sexual após a avalanche de denúncias nos últimos dois anos e que já em 2024 teve um papel de destaque na cerimónia com um discurso da atriz Judith Godrèche, embaixadora do movimento Me Too em França.

Na segunda-feira, ocorre a 97ª cerimónia dos Óscares, em que o cineasta francês "Emilia Pérez", de 72 anos, e a sua equipa estarão em Los Angeles, nos Estados Unidos, onde contam com um número recorde de 13 nomeações, entre elas para Karla Sofia Gascon, que fez história ao ser a primeira atriz trans nomeada para um Óscar.

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