18 mar, 2025 - 16:14 • Maria João Costa
Depois de três anos de trabalho, a Associação da Calçada Portuguesa concluiu o processo de candidatura à UNESCO. Foi entregue, a 14 de março, à Comissão Nacional da UNESCO o dossier “Arte e Saber-fazer da Calçada Portuguesa”, que formaliza a candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade desta arte portuguesa.
A associação que reúne mais de 50 calceteiros, em colaboração com os municípios de Braga, Estremoz, Faro, Funchal, Lisboa, Ponta Delgada, Porto de Mós e Setúbal, contou com o apoio de mais de 20 instituições nacionais públicas e privadas neste processo.
Em comunicado, a Associação da Calçada Portuguesa indica que este processo visa “preservar e promover esta arte, que corre o risco de extinção”.
“A Associação empreendeu a preparação da candidatura da Arte e o Saber-fazer da Calçada Portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade, com o intuito de valorizar o conhecimento, o saber-fazer e a mestria dos calceteiros e de outros artistas plásticos que têm transportado esta técnica ao longo dos anos”, lê-se no comunicado.
Portugal não é o único território onde a calçada está presente. Além do Brasil, há também presença desta arte em Macau e países “com os quais Portugal mantém trocas culturais, confirmando a sua relevância universal”, lembra a associação.
A associação, criada em 2017 com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, considera que esta candidatura “serve também como um apelo às entidades públicas, nacionais e locais, para que se comprometam com a preservação e promoção desta arte que deve ser assumida como um ativo estratégico para a afirmação de Portugal”.