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"Chocolate do Dubai" voa das prateleiras. O que tem de especial?

21 mar, 2025 - 18:51 • Redação

Chegou a Portugal recentemente e ganhou popularidade nas redes sociais. Jorge Cardoso, premiado chocolateiro português a trabalhar na Suíça, desvenda os segredos do chocolate do momento.

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Nos últimos dias, as redes sociais em Portugal foram tomadas de assalto por um fenómeno que junta um doce de paragens distantes e exóticas e um pouco de marketing. A curiosidade fez o resto e o "Chocolate do Dubai" anda nas bocas do mundo.

O chamado "Chocolate do Dubai" chegou a Portugal e numa loja de um centro comercial de Lisboa as unidades colocadas à venda esgotaram em cerca de 40 minutos.

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Uma cadeia de supermercados também começou a comercializar uma versão do doce em Portugal e as tabletes voaram como pãezinhos quentes, por 4,99 euros.

A popularidade levou a que o produto esgotasse no mesmo dia. Entretanto, em plataformas online começaram a surgir anúncios de venda do chocolate a preços que vão desde os 25 euros até aos 70 euros.

Afinal, o que tem este chocolate de especial?

Este doce tornou-se popular nas redes sociais, especialmente na aplicação TikTok, onde são muitos os vídeos de pessoas que experimentam, e até há quem tente reproduzi-lo de raiz.

Este chocolate, chamado de "Can’t Get Knafeh of It", e que atualmente está à venda por 5,14 euros (20,48 AED), é apenas comercializado nos Emirados Árabes Unidos e destaca-se pela textura crocante e pelo recheio. Foi criado em 2021 pela Fix Dessert Chocolatier, empresa criada por Sarah Hamouda, que começou a fazer chocolate apenas por lazer.

À Renascença, Jorge Cardoso, chocolateiro português cujo trabalho na Suíça o levou à conquista de prémios em 2017 e 2018, revela os ingredientes que fazem parte deste chocolate: "uma casquinha de chocolate de leite, em seguida o interior leva uma massa de pistácio, um creme de pistácio com o chocolate branco e uma massa de milho, que é a massa de Kadaif", refere

O Kadaif é um tipo de massa muito comum na culinária do Médio Oriente. Esta iguaria consiste em fios feitos de massa com recheio de amêndoas ou avelã e envolvido em xarope de açúcar.

Para o mestre chocolateiro, a combinação dos ingredientes aliado ao fenómeno mediático foi o que tornou o produto viral.

"Aqui praticamente há um todo. Há o sabor, o lado vistoso, o lado degustativo e há o lado visual e o lado mediático também, que acaba por estar influenciado neste produto", detalha.

Mais concretamente, Jorge Cardoso destaca a cor verde no interior da tablete e o aspeto cremoso como chamarizes à experiência de degustação que vem sendo apresentada no meio digital.

"A própria cor, porque acaba por ser um verde, acaba por ser um interior de cor e esse interior também dá-lhe aquela vontade de provar e aquela cremosidade, quando se parte aquela tablete, aquilo sai tudo e talvez seja aí que dá a vontade das pessoas comerem", comenta.

A partir dessas características, quem descobre e as partilha nas redes, segundo o chocolateiro, leva a que uns queriam provar "o tipo de produto que as pessoas que seguem".

Aqui em Portugal este chocolate é novidade, mas já terá chegado atrasada.

"Os influenciadores começaram a comer essa tablete e foi a partir daí que houve um 'boom'. Neste momento está a chegar a Portugal. Eu estou na Suíça, nós já fazemos isso há cerca de meio ano. Lá já fez o boom, agora está a parar. Agora, eu estou cá em Portugal e toda a gente me fala da tablete do Dubai. Para nós já é banal", explica Jorge Cardoso.

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