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Vão ser alargadas as escavações arqueológicas em Conímbriga

27 mar, 2025 - 12:58 • Maria João Costa

A aquisição de 18 terrenos vai permitir alargar a área do Museu Nacional de Conímbriga. A expansão do campo arqueológico prevê novas escavações arqueológicas.

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Quase cem anos depois da aquisição a privados dos primeiros terrenos que deram origem ao Museu Monográfico de Conímbriga em 1962, é agora alargado o campo de exploração arqueológico.

A Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E. (MMP) anuncia hoje a formalização da “aquisição de vários lotes de terreno para a expansão do campo arqueológico do Museu Nacional de Conímbriga (MNC)”.

É assim dado “por concluído um processo que permitirá, finalmente, potenciar um património monumental e de investigação com valor histórico-arqueológico e turístico sem rival no ocidente da Lusitânia”.

À área atual do museu são acrescentados “cerca de 18 terrenos/imóveis”, diz o comunicado da MMP. A aquisição no valor de 230 mil euros vai permitir aumentar em 2 hectares a área para exploração arqueológica.

O atual diretor do MNC, Vítor Dias, aponta que “a aquisição destas parcelas é um enorme motivo de orgulho, que honra o legado das boas práticas patrimoniais exercitadas por diversas gerações e que urge continuar, sob pena de não salvaguardarmos em tempo útil património que não se regenera e que corre sérios riscos de não se preservar”.

Já Alexandre Nobre Pais, presidente da MMP, destaca as potencialidades agora disponíveis e considera que isso permitirá “desenvolver a médio-longo prazo um núcleo museológico de grande singularidade e um produto patrimonial único no país, capaz de acrescentar um imensurável valor a toda a região”.

Inaugurado em 1962, o Museu Monográfico de Conímbriga foi classificado como Museu Nacional em 2017. O espaço museológico corresponde à zona da antiga cidade romana de Conímbriga.

Este sítio arqueológico classificado como Monumento Nacional em 1910, é um dos mais visitados a nível nacional. Segundo a MMP, as parcelas agora compradas pelo Estado “dividem-se por várias zonas próximas ou contíguas ao espaço do Museu, incluindo a área onde se localiza aquele que é o anfiteatro romano com maior potencial patrimonial localizado em território português”.

“A possibilidade de ressurgimento de um edifício público fundado em meados do século I d.C. eleva o interesse e relevância internacional do sítio arqueológico de Conímbriga, reforçando o potencial de atração de visitantes e a consequente transformação de Condeixa-a-Velha”, diz em comunicado a Museus e Monumentos.

As ruínas de Conímbriga são conhecidas desde o século XVI, mas o seu estudo só começou em 1873. As primeiras escavações datam de 1899.

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