01 abr, 2025 - 17:14 • Redação
Os seres humanos poderão deixar de ser necessários para a maioria dos trabalhos, com a evolução da inteligência artificial (IA), e apenas algumas funções continuarão a ser executadas por pessoas - não por máquinas. Esta é a previsão do futuro feita por Bill Gates, fundador da Microsft, em entrevista ao programa do comediante Jimmy Fallon, estação NBC.
Quando colocada a questão por Fallon, o bilionário refere que o Homem não será necessário “para a maioria das coisas".
"Nós vamos decidir, como no basebol. Nós não vamos querer ver computadores a jogar basebol. E haverá algumas tarefas que iremos reservar para nós, mas a nível de criar coisas e movê-las e fazer crescer comida, esses serão problemas que, ao longo do tempo, estarão basicamente resolvidos”, prevê.
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Também, ao nível das mudanças nos empregos, é feita a previsão de que o horário de trabalho poderá ser reduzido para dois ou três dias semanais, sublinha o fundador da Microsoft.
Biil Gates considera que ainda estamos num período em que a “inteligência é rara”, mas que na próxima década se pode tornar um “lugar comum” e gratuito, graças à inteligência artificial.
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“Viemos da era em que a computação era cara, mas tornou-se gratuita. A que acabámos de começar é a de que a inteligência é rara, com um grande doutor ou professor. Com a Inteligência Artificial, na próxima década, isso vai tornar-se gratuito, vai tornar-se um lugar comum: bons conselhos médicos, bom acompanhamento. E é um tanto quanto profundo, porque resolve estes problemas específicos como haver falta de médicos ou profissionais de saúde mental, mas traz consigo muitas mudanças”, refere o fundador da Microsoft.
Face às alterações que podem ser feitas com o processo de inovação, Bill Gates considera “legitimo” as preocupações com o futuro por ser “um território completamente novo”, que poderá ou não ser moldável.
Apesar das incertezas, Bill Gates permanece otimista quanto ao futuro e dá como exemplo as inovações na saúde, que permitem a melhoria das condições para pessoas com doenças como Alzheimer ou a malária ou a irradicação de outras como a poliomielite.
“Eu acho que a capacidade de melhorar a saúde, incluindo o Alzheimer, que tem sido difícil, e todas as doenças que permanecem nos países em desenvolvimento como a malária e o HIV, poliomielite, que também estamos perto e eu tenho passado muito tempo nisso. Com sorte, nos próximos três ou quatro anos essa tornar-se-á a segunda doença completamente desaparecida”, afirma.
Em relação ao clima, Bill Gates sugere a criação de “produtos verdes” ao nível da produção que sejam mais baratos que “os sujos”, de modo a que não surja a necessidade, ainda que justa na perspectiva do bilionário, de as pessoas pagarem um extra por algo que não faz tão mal ao planeta.
“Sou um pouco mais otimista com o futuro do que as pessoas que não conseguem ver essa linha de inovação”, remata.