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Autorizado fármaco para atrasar deficit cognitivo em doentes com Alzheimer

16 abr, 2025 - 14:57 • Lusa

É o primeiro fármaco deste tipo a ser permitido na União Europeia (UE).

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A Comissão Europeia autorizou hoje a utilização de Leqembi, um medicamento para o tratamento do deficit cognitivo nas primeiras fases da doença de Alzheimer, o primeiro fármaco deste tipo a ser permitido na União Europeia (UE).

Em comunicado, o executivo comunitário anunciou a autorização do fármaco "sob condições restritas", estipulando que "o medicamento é para utilização em pessoas com apenas uma ou sem qualquer cópia do gene APOE4 e que têm placas de amiloide beta no cérebro".

O gene APOE4 é uma variante do gene APOE, responsável por instruir o corpo na produção da apolipoproteína (a proteína que constitui as lipoproteínas). A variante APOE4 está associada ao desenvolvimento da doença de Alzheimer, normalmente a partir dos 65 anos. A doença caracteriza-se pelo declínio gradual das capacidades cognitivas, incluindo perda de memória.

As placas amiloide beta são características da doença de Alzheimer e "asfixiam" a comunicação entre células nervosas.

A autorização da Comissão Europeia para a utilização do Leqembi advém de uma avaliação positiva feita pela Agência Europeia do Medicamente (EMA), "que concluiu que os benefícios deste fármaco se sobrepõem aos riscos", mas apenas dentro de uma "população de pacientes" e com medidas de "minimização de riscos aplicadas".

De acordo com informação disponibilizada pela organização sem fins lucrativos European Brain Council no início de 2025, há cerca de sete milhões de pessoas com doença de Alzheimer na Europa e o número deverá duplicar até 2030.

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