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PS recusa "divisão" depois da saída de Medina, PSD ouve críticas de Poiares Maduro
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PS recusa "divisão" depois da saída de Medina, PSD ouve críticas de Poiares Maduro
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PS recusa "divisão" depois da saída de Medina, PSD ouve críticas de Poiares Maduro

04 abr, 2025


João Torres (PS) afasta cenário de rotura de Fernando Medina com os socialistas ou com Pedro Nuno Santos. Alexandre Poço (PSD) acredita que Luís Montenegro ouve as críticas de Poiares Maduro sobre levar o escrutínio como uma ofensa.

A saída de Fernando Medina das listas do PS não representa uma "rotura" com o os socialistas. Durante o programa São Bento á Sexta, da Renascença, João Torres, deputado e dirigente do PS, assume que se trata de uma "figura importante do partido", mas não acredita que o antigo ministro das Finanças esteja a criar uma linha alternativa a Pedro Nuno Santos.

Depois de Fernando Medina (e depois Sérgio Sousa Pinto) se terem colocado de fora das listas de candidatos às legislativas de 18 de maio, por vontade própria, João Torres rejeita qualquer leitura de um partido dividido.

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"Que não se pense, de forma alguma, que o Fernando Medina está em rotura com o Partido Socialista", declara o dirigente do PS, que prossegue: "Vejo o partido muito coeso e muito unido".

Montenegro ouve críticas

Do lado do PSD, no debate, esteve Alexandre Poço. O vice-presidente e deputado respeita as críticas feitas por Miguel Poiares Maduro, em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença e do Público, em que o antigo ministro de Passos Coelho lamentou que Luís Montenegro olhe para o escrutínio "como uma ofensa".

Alexandre Poço afirma que no PSD há "uma grande variedade de pensamento" e refere-se a Poiares Maduro como um "militante distinto", com quem tem uma "boa relação", e acredita que o primeiro-ministro costuma ouvir as vozes dissonantes.

"Luís Montenegro ouve bastante as pessoas e tem noção de que têm pensamentos diferentes (...)Não há unanimismo na forma como as pessoas avaliam aquilo que tem sido a sua prestação enquanto primeiro-ministro", vinca Alexandre Poço

Sobre as críticas da oposição ao Governo, de ter usado o Estado para fazer campanha eleitoral no Mercado do Bulhão, no Porto, Alexandre Poço rejeita que tenha sido uma ação de campanha, embora assuma que às vezes a linha entre o primeiro ministro e o líder do PSD seja muito fina.

"Há uma certa dificuldade, e o próprio primeiro-ministro admitiu, em distinguir entre a figura do primeiro-ministro e a figura do presidente do PSD", introduz o vice-presidente do partido. Alexandre Poço promete que o partido vai fazer "tudo" para garantir que o Estado não é utilizado pelo partido.

No entanto, o vice do PSD admite que é importante que as pessoas percebam que "não há utilização de meios do Estado e de que os membros do Governo se submetem a si próprios a um dever de neutralidade".

João Torres classifica a situação como "muito, muito grave" e lembra que quando era secretário de Estado no Governo de António Costa, recebia "regras estritas" para evitar confundir os dois planos.

PS obcecado com Spinumviva?

Questionado se o PS não está obcecado com o caso Spinumviva e a insistir numa campanha pela negativa em torno de Montenegro, João Torres admite que as pessoas já estão cansadas do tema, mas afirma que os socialistas não podem ignorar o caso que empurrou o país para eleições antecipadas.

"Nós não podemos simplesmente passar uma esponja pela razão pela qual fomos a eleições. Hoje a maioria dos portugueses, segundo os estudos de opinião, têm a consciência clara de que foi a Aliança Democrática que levou o país para eleições", insiste o dirigente do PS.

Por sua vez, Alexandre Poço acusa o PS ser um "vazio total" que só "fala de historietas" e promete que a AD vai fazer uma campanha pela positiva, quanto aos socialistas, ironiza: "Só falam do Bolhão, do betão e da Spinumviva".

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