08 mar, 2025 • Sandra Afonso , Arsénio Reis
Há países onde o preço final das peças de vestuário já inclui o custo da reciclagem, como em França. Mário Jorge Machado diz à Renascença que em Portugal este custo deverá passar a ser cobrado a partir de 2026 ou 2027.
Em média, dependendo de fatores como o tipo de tecido ou as cores aplicadas, o tratamento e reciclagem de tecidos pode agravar o preço até 30%.
O presidente da ATP avisa ainda que Portugal já está em incumprimento, no âmbito das metas de reutilização e reciclagem para o têxtil até 2028. Em janeiro, devia ter entrado em funcionamento um sistema de recolha e triagem, mas ainda não está pronto.
Neste momento, menos de 1% das fibras que usamos e vestimos, volta a dar uma peça de vestuário. Cerca de 30% ainda é aproveitada, para fins menos nobres, mas a grande maioria é incinerada ou acaba em aterros. Um dos desafios é tornar as fibras recicladas mais competitivas, porque atualmente utilizar fios virgens é mais barato e tem melhor qualidade.
Mário Jorge Machado, presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal e o primeiro português a liderar a Euratex – Confederação da Indústria Têxtil e Vestuário Europeia, é o entrevistado desta semana do programa Dúvidas Públicas. Pode ler na totalidade a entrevista aqui.
Um programa transmitido aos sábados, a partir do meio-dia, e sempre disponível em podcast, no YouTube e na app da Renascença.