31 mar, 2025 - 18:15 • João Filipe Cruz
O clima beligerante entre Fernando Gomes e Pedro Proença pode impactar o futebol português. Quem o defende é Gilberto Madaíl. Em declarações a Bola Branca, o antecessor de Fernando Gomes na Federação Portuguesa de Futebol deixa críticas à tomada de posição do agora líder do Comité Olímpico.
"Parece que o senhor Fernando Gomes faz da Federação uma quinta sua. E não é. É do futebol português. Ele deu, sem sombra de dúvidas, um incremento à Federação, mas também com a base que lhe deixei ficar quando saí. Tentar que outra pessoa não vá para um lugar importante na UEFA é algo inconcebível e profundamente egoísta", atira.
Ao negar o apoio a Pedro Proença para o Comité Executivo da UEFA, Fernando Gomes pode colocar em causa a presença portuguesa no órgão que decide o futebol do Velho Continente o que, para quem já lá esteve, pode ser nefasto para o país.
Gilberto Madaíl foi o primeiro presidente da Federação Portuguesa de Futebol eleito para o Comité - sucedeu a Antero Silva Resende, que não foi eleito - e garante que, não fosse a sua presença no centro nevrálgico da UEFA, o Campeonato da Europa de 2004 teria sido noutro país.
"Eu fui o primeiro presidente eleito durante cinco ou seis anos para estar no Comité Executivo. Se eu não estivesse lá, por exemplo, não teríamos tido o Euro 2004 em Portugal. Só para ver a importância", assegura.
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Para o antigo presidente da FPF, "ninguém consegue perceber" a origem deste desentendimento e vinca que o lugar no Comité Executivo da UEFA não pertence a uma pessoa.
"Fico estarrecido com a posição do senhor Fernando Gomes porque está a defender algo que não é pessoal. O lugar no Comité é de representação do futebol português. Imagine o que teria sido se tivesse feito a mesma coisa a Fernando Gomes. Acho que está a ver as coisas muito mal e de uma forma muito facciosa", remata Gilberto Madaíl, em declarações a Bola Branca.