29 abr, 2019 - 08:10 • Celso Paiva Sol (na China) com Redação e Lusa
Depois de três dias dedicados sobretudo à estratégia global de crescimento na China, mas que incluíram também contactos com empresários - chineses em Portugal e portugueses na China - Marcelo Rebelo de Sousa está agora em plena visita de Estado à China.
No encontro que manteve, esta segunda-feira de manhã, com o primeiro-ministro chinês Li Keqiang, ficaram claras quais são as grandes questões bilaterais do momento. Marcelo destacou “o saldo excelente das relações” entre ambos os países.
Em declarações aos jornalistas, o chefe de Estado referiu-se ao "memorando de entendimento para o reforço do diálogo estratégico entre Portugal e a República Popular da China", que vai ser formalizado esta segunda-feira à tarde, no Grande Palácio do Povo, onde será recebido pelo Presidente chinês, Xi Jinping.
Esse instrumento representa "um passo positivo” no “aprofundamento das relações económicas, sociais e culturais” entre os dois países, passando “de uma parceria estratégica para um diálogo político permanente“, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
Já do ponto de vista multilateral, o Presidente da República volta a jogar o trunfo de Portugal como plataforma de ligação a vários outros contextos geo-políticos, nomeadamente entre a União Europeia, CPLP, mundo ibero-americano e a China.
Primeiro-ministro chinês defende mais cooperação com Portugal
Já o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, considera que o relacionamento luso-chinês "tem avançado sem sobressaltos" e afirmou que a China está disposta a reforçar a cooperação bilateral com Portugal "em todos os setores". "A China e Portugal são importantes parceiros de cooperação e temos salvaguardado o multilateralismo e o comércio livre", afirmou.
A República Popular da China quer "estreitar ainda mais" o relacionamento luso-chinês, também "no quadro da cooperação China/União Europeia e entre a China e os países de língua portuguesa", referiu.
"Acredito que a sua visita vai injetar um novo ímpeto à relação bilateral", acrescentou o primeiro-ministro chinês, numa breve declaração inicial, com tradução simultânea, que a comunicação social pôde registar.