13 abr, 2025 - 17:45 • Olímpia Mairos , com Lusa
Os Estados Unidos dizem que o ataques russo a alvos civis em Sumy, que causou pelo menos 32 mortos e 80 feridos, "ultrapassa os limites da decência" e "é inaceitável".
O enviado de Donald Trump para a Ucrânia, diz na rede social X que, como antigo oficial sabe o que são ataques direcionados e o que aconteceu é inaceitável.
"O ataque das forças russas a alvos civis em Sumy ultrapassa os limites da decência. Como antigo oficial militar, sei o que são ataques direcionados e isto é inaceitável", escreveu o enviado dos Estados Unidos para a Ucrânia, Keith Kellogg, na rede social X.
No mesmo sentido, vários líderes europeus manifestaram-se chocados com o ataque com misseis balísticos
O Presidente Francês, Emmanuel Macron, também numa mensagem na rede social X, escreveu que "toda a gente sabe que só a Rússia queria esta guerra. Hoje, é claro que é a Rússia sozinha que escolhe prossegui-la".
Macron considera que "são necessárias medidas fortes para impor um cessar-fogo à Rússia", garantindo que "a França está a trabalhar incansavelmente neste sentido, com os seus parceiros".
Também o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer manifestou-se "chocado com os horríveis ataques".
"Estou chocado com os horríveis ataques da Rússia contra civis em Sumy e os meus pensamentos estão com as vítimas e os seus entes queridos", escreveu o líder trabalhista, igualmente na rede social X.
Para Starmer, "este último ataque assassino é uma recordação brutal do banho de sangue perpetrado por Putin". O primeiro-ministro britânico apela mais uma vez à Rússia para que aceite um cessar-fogo "total e imediato".
O Governo português também já condenou o ataque a Sumy, numa publicação na conta oficial do Gabinete do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, na rede social X.
"O Governo português condena o terrível ataque russo a Sumy, que fez dezenas de vítimas. Apresenta pêsames às famílias e ao povo ucraniano. Insta a Federação Russa a abster-se de todas as hostilidades e a aceitar o cessar-fogo já aceite pela Ucrânia", declarou o Governo de Portugal.
Um ataque de mísseis russos realizado hoje de manhã no centro de Sumy, no nordeste da Ucrânia, matou pelo menos, 31 pessoas, incluindo duas crianças, e causou 84 feridos, segundo um balanço publicado pelos serviços de emergência ucranianos.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu, entretanto, uma "resposta forte do mundo" ao ataque a Sumy numa publicação na rede social Telegram.
"Precisamos de uma resposta forte do mundo. América, Europa, todos os que querem que esta guerra e estas mortes terminem. A Rússia quer exatamente este tipo de terror e está a arrastar esta guerra", sublinhou o chefe de Estado ucraniano.
"Os mísseis inimigos atingiram uma rua normal da cidade, uma vida normal: casas, escolas, carros na rua...E isto num dia em que as pessoas vão à igreja, Domingo de Ramos", descreveu Zelensky, citado pela agência Efe.