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CASO BES

Greve de oficiais de justiça adia audição de Passos Coelho

15 jan, 2025 - 09:26 • Diogo Camilo

Antigo primeiro ministro chegou ao Campus da Justiça à hora marcada, sem advogado e sem responder a perguntas sobre presidenciais, mas foi surpreendido pela greve e já não será ouvido esta terça-feira.

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Chegou à hora marcada, surpreendido com a quantidade de jornalistas que o esperava, e saiu em menos de três minutos. A audição de Pedro Passos Coelho como testemunha no caso BES/GES estava marcada para as 9h30 esta quarta-feira, mas foi adiada devido a greve de oficiais de justiça.

O antigo primeiro-ministro apareceu no Campus da Justiça sem advogado, lembrando aos jornalistas que estava perante um assunto "razoavelmente esclarecido", ao qual já respondeu a perguntas por três vezes - em duas comissões de inquérito no Parlamento e na fase de instrução deste processo, em 2022.

"Se não estiver, terei todo o gosto em esclarecer", acrescentou.

Pelo meio, foi interpelado por perguntas sobre as presidenciais. "Ui, não vou acrescentar nada. Estou fora da política, estou bem. Se quiser perguntar alguma coisa, terá de perguntar às empresas de sondagens", afirmou, perante inquéritos que o colocam como um dos favoritos na eleição que acontecerá em 2026.

No entanto, Passos Coelho acabou surpreendido à receção do tribunal por uma greve de oficiais de justiça, que se realiza às quartas e sextas de manhã e de tarde e períodos à tarde nos outros dias da semana, adiando a sua audição para um dia indeterminado.


Arrolado pela defesa de Ricardo Salgado, o antigo primeiro-ministro liderava o Governo na altura da resolução do BES, no verão de 2014, e a sua inquirição tinha chegado a ser agendada para 30 de outubro de 2024.

O processo conta atualmente com 18 arguidos, incluindo o ex-presidente do banco, Ricardo Salgado, de 80 anos e diagnosticado com a doença de Alzheimer.

Ricardo Salgado responde por cerca de 60 crimes, incluindo um de associação criminosa e vários de corrupção ativa no setor privado e de burla qualificada.

O Ministério Público estima que os atos alegadamente praticados entre 2009 e 2014 pelos 18 arguidos, ex-quadros do BES e de outras entidades da esfera do GES, tenham causado prejuízos de 11,8 mil milhões de euros.

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