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Rutura de medicamentos nas farmácias "tem piorado" nos últimos anos

07 fev, 2025 - 13:08 • Jaime Dantas

Os utentes ouvidos pela Renascença vivem situações diferentes. Se alguns "não se podem queixar" da rutura no stock, outros tiveram de alterar o tratamento.

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Mais de metade das farmácias portuguesas reportaram falta de medicamentos em 2024. Segundo consta num relatório do infarmed, os medicamentos para a diabetes, hiperatividade e défice de atenção foram os que mais esgotaram.

Foram acionadas várias medidas para diminuir o impacto para os utentes, mas os farmacêuticos ouvidos pela Renascença dizem que as dificuldades vivem-se em todas as farmácias.

O responsável técnico da farmácia Vitália, no Porto, Nuno Duarte, diz que "há medicamentos para diabetes e controlo de hiperatividade que estão esgotados em quase todas as dosagens".

"É mesmo muito complicado de se arranjar esse tipo de medicamentos. Temos mesmo que aguardar, em alguns casos, diversos meses para conseguir obter uma única embalagem", conta.

O farmacêutico costuma recomendar aos utentes que "falem com o seu médico para mudar o tratamento", mas em alguns casos isso não é possível e não "conseguem fazer a medicação".

"Há pelos menos um ano que se vive esta situação e tem-se tornado cada vez mais difícil", diz.

Os utentes que visitavam as farmácias do Porto e Vila Nova de Gaia durante a manhã dividem-se. No caso de Carlos, que sofre de hipertensão, "tem sido um pesadelo" encontrar a medicação.

"O meu medicamento já está em rutura há mais de meio ano, por isso tive que fazer uma troca por um medicamento equivalente", lamenta.

Já Aurentina, apesar de sofrer de diabetes, não tem tido problemas em adquirir a os medicamentos. "Compro logo três caixas de cada vez e há sempre", afirma.

Fernanda Barbosa "também não se pode queixar" da falta de stock nas farmácias. "Nunca me faltou nada e mesmo os meus familiares têm encontrado tudo o que precisam", remata.

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