13 mar, 2025 - 12:44 • João Cunha
O Presidente da Associação Nacional de Sargentos recorda que o Serviço Militar Obrigatório não foi extinto, está apenas suspenso, estando prevista a sua reposição "mediante determinadas condicionantes". E que para o repor, basta uma decisão política.
"A decisão é política, com apoio dos chefes militares. Por ser uma questão mais operacional, não entra no âmbito do associativismo socioprofissional e preferia não me alongar muito nessa questão", refere o militar, à Renascença, lembrando, contudo, a necessidade de investimento nas unidades militares nacionais, que garante não terem condições para acolher militares.
"Para se retomar o modelo de Serviço Militar Obrigatório, semelhante ao que existia anteriormente, seria necessário fazer vários investimentos, nomeadamente ao nível da logística e habitabilidade", realça o presidente da Associação Nacional de Sargentos.
"As instalações das unidades militares foram-se degradando, não foram mantidas, e não haverá muitas em condições de retomar a incorporação de militares", acrescenta.
Em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença e do jornal "Público", o ministro da Defesa Nacional e líder do CDS-PP afasta o cenário de serviço militar cívico, defendendo as “virtudes de um sistema profissional em que quem é militar é militar porque quer”.
Nuno Melo não afasta, contudo, estudar “outros modelos” no caso de haver uma “alteração grave” no contexto internacional.