16 abr, 2025 - 08:48 • Redação
O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Xavier Barreto diz à Renascença que os números mais recentes sobre o fenómeno dos internamentos sociais são alarmantes e o assunto deverá ser "uma prioridade na discussão política, neste período eleitoral".
Os dados do Barómetro dos Internamentos Sociais conhecidos esta terça-feira revelam que o número de internamentos sociais cresceu 8% num ano, totalizando 2.342 casos e custos para o Estado superiores a 288 milhões de euros.
Xavier Barreto acredita que a valorização dos cuidados informais é o caminho para diminuir as hospitalizações, mas é uma opção que carece de apoio: "Os cuidadores informais têm um apoio baixíssimo por parte do governo que não permite aos familiares fazer uma escolha e ficar em casa a cuidar."
"A médio longo prazo", Xavier Barreto defende o crescente número de internamentos indevidos serve de alerta para criar uma "discussão que tem de ser muito mais profunda" e que deve levar a uma reflexão sobre "como é que a sociedade portuguesa se deve organizar como um todo".