24 jan, 2025 - 12:16 • Ana Fernandes Silva
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afasta qualquer possibilidade de extinguir a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Ana Paula Martins falava em Gondomar, esta sexta-feira, depois de o ministro Adjunto e da Coesão Territorial ter afirmado, em entrevista à Renascença e ao jornal "Público", que o Governo não descarta uma possível extinção de um organismo, com o qual nem tudo corre bem.
“Não creio que o senhor ministro Castro Almeida tenha colocado, neste momento, em causa a existência da Direção Executiva. O programa do Governo é muito claro sobre essa matéria. Nós acreditamos que a Direção Executiva tem um papel para cumprir”, adverte a ministra.
Ana Paula Martins esclarece que "neste momento, não está em cima da mesa" acabar com a direção executiva: "Acreditamos que a direção executiva tem um papel para cumprir".
Já sobre o antigo diretor executivo do SNS, a ministra da Saúde reitera que não tinha como saber mais sobre a acumulação de funções de Gandra d'Almeida.
Noutro plano, Ana Paula Martins, reconhece que o modelo de financiamento e de prazos da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados tem de ser "aperfeiçoado" e que "há uma necessidade enorme de desenvolvimento da Rede Nacional".
Em causa, uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC) que recomendou às ministras da Saúde e da Segurança Social que revejam o modelo de funcionamento e financiamento da rede de cuidados continuados.
A ministra admite que "o modelo de financiamento que hoje temos é um modelo que tem alguma fragilidade em termos não só dos valores - que têm de ser renovados e atualizados - mas também em termos dos prazos de pagamento, e isso é algo que nós temos mesmo que atalhar e conseguir resolver".