14 mar, 2025 - 15:54 • Tomás Anjinho Chagas
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, acredita que o caso que levou à crise política "não vai ser o centro da campanha", mas admite que os socialistas não vão evitar o tema durante o arranque da campanha, no início de maio.
"Não vai ser o centro da campanha, nós vamos ter de discutir os problemas e as soluções para o país, mas obviamente que nós não nos esquecemos o que nos traz até estas eleições, e isso também estará na campanha", afirmou o líder socialista, à margem de uma visita à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).
Apesar disso, o líder do PS carrega nas críticas a Luís Montenegro, e devolve as críticas do primeiro-ministro, que acusou o PS de arrastar o país para uma nova crise política: "Toda a gente sabe por que é que vamos para eleições, esse esforço do primeiro-ministro será sempre inglório".
"Infelizmente, foi ele, pessoalmente, que arrastou os portugueses, o seu partido e o seu Governo para esta situação, e com a moção de confiança decidiu atirar o país para baixo do comboio que ele pôs em andamento", afirma Pedro Nuno Santos.
Questionado pela manchete do jornal Expresso - que traz novas informações em relação à casa de Espinho de Luís Montenegro, que se diz tranquilo - Pedro Nuno Santos fala num padrão que identifica no primeiro-ministro.
"Espero que as respostas aconteçam. Eu que usava aquele exemplo [casa de Espinho] como um bom exemplo da forma como o primeiro-ministro tinha lidado com o tema (...) os problemas do primeiro-ministro com a transparência, pelos vistos, não têm só a ver com a empresa, já vêm de trás", vinca o líder dos socialistas.
Pedro Nuno Santos fala num governo que deixou "um caos no Serviço Nacional de Saúde" que se prepara para privatizar o SNS e garante que o novo modelo da Wolkswagen que vai ser produzido na Autoeuropa é mérito de António Costa Silva, ex-ministro da Economia no último Governo de António Costa.