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MNE. Investir em defesa e no setor social "é perfeitamente conciliável"

01 abr, 2025 - 10:39 • Tomás Anjinho Chagas

Paulo Rangel concorda com António Costa e afirma que não é incompatível manter investimento na coesão social ao mesmo tempo que se aumenta o investimento em defesa. Sobre tarifas, o número dois do Governo acredita que a UE tem de ser "dura" em alguns setores e "calibrada" noutros.

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O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, acredita que é "perfeitamente conciliável" continuar a investir no setor social enquanto se aumenta o investimento em defesa.

No dia em que António Costa dá uma entrevista à Renascença - onde rejeita a ideia de que é necessário escolher entre investir em defesa e em coesão social - Paulo Rangel concorda com o presidente do Conselho Europeu e reitera que não existe incompatibilidade entre as duas políticas.

"Os objetivos de segurança e defesa são perfeitamente conciliáveis com uma agenda social e económica de crescimento", afirmou o número dois do Governo aos jornalistas, à margem do Foro La Toja, na Gulbenkian, esta terça-feira.

O representante máximo da diplomacia portuguesa considera que "não existe, ao contrário do que alguns querem fazer crer, nenhuma incompatibilidade entre o Estado Social e uma prioridade política dada à defesa e à segurança".

Tarifas americanas: resposta diferente

Questionado sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos, que podem afetar a União Europeia, o ministro dos Negócios Estrangeiros, considera que a resposta tem de ser ponderada, até porque os efeitos não vão ser iguais para todos os países.

"Tem de ser uma resposta inteligente e hábil. Provavelmente, em alguns setores tem de ser dura e, em noutros terá de ser calibrada", começou por introduzir Paulo Rangel.

Respostas diferentes porque os efeitos são distintos: "Pode haver setores que sejam mais atingidos do que outros e isso também atingir países em medidas diferenciadas".

Paulo Rangel considera ainda que a condenação de Marine Le Pen, em França, faz parte da sociedade a funcionar.

O ministro dos Negócios Estrangeiros acredita que não há nada de extraordinário na decisão judicial sobre a líder da extrema-direita francesa e lembra que há poucos anos um presidente francês também foi condenado.

"Não é nada que mereça um comentário especial. No caso francês, ainda recentemente, aconteceu com o presidente Sarkozy, uma condenação que todos conhecem, portanto, quando se acha que existe uma perseguição, enfim...", compara Paulo Rangel.


Comentários
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  • Expetativas furadas
    01 abr, 2025 Europa 13:49
    O Social será sempre afetado de uma maneira ou de outra e é melhor dizer desde já isso, às populações. Para por de pé uma Defesa, depois de décadas de desinvestimento, é evidente que tem de se ir buscar o dinheiro a algum lado. Não fazer nada e esperar que Trump caia e o próximo Presidente americano retome a ideia de "nos vir salvar" em caso de apuro, é pura ilusão e mais vale inscreverem-se já num curso de aprendizagem de Russo. Duma maneira ou de outra, o Social será afetado ou alguém tem expetativas que ele se manteria em caso de guerra ou de ocupação russa?

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