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Papa Francisco (1936-2025)

"Papa extraordinário". As reações à morte do Papa Francisco

21 abr, 2025 - 10:15 • Redação

Do Presidente da República aos líderes partidários e outras personalidades, multiplicam-se as vozes que lamentam a morte de Francisco, aos 88 anos.

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Numa nota de pesar enviada às redações, Luís Montenegro lembra Francisco como um "Papa extraordinário, que deixa um singular legado de humanismo, empatia, compaixão e proximidade às pessoas".

"As suas visitas a Portugal, no Centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima e na Jornada Mundial da Juventude, marcaram o nosso país e geraram uma ligação muito forte do povo português com Sua Santidade", acrescenta.

"A melhor forma de honrar o seu tributo será seguirmos no dia a dia, nas nossas diferentes atividades, os seus ensinamentos e o seu exemplo".

Montenegro apresenta "sentidas condolências do Governo de Portugal à Santa Sé e a todos os Católicos do mundo, entre os quais tantos milhões de portugueses" e acrescenta que a "melhor forma de honrar o seu tributo será seguirmos no dia a dia, nas nossas diferentes atividades, os seus ensinamentos e o seu exemplo". Depois desta primeira reação, Montenegro fez uma declaração sobre a figura do Papa e avançou que será decretado três dias de luto nacional

O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa publicou uma nota no site da Presidência indicando que vai falar ao país às 20h00.

José Pedro Aguiar Branco, presidente da Assembleia da República, segunda figura do Estado, manifestou "profunda tristeza" pela morte do Papa, uma voz que "vai fazer falta", considerando que o seu pontificado foi para a Igreja e para o mundo "um sinal de fraternidade, paz e misericórdia".

Também o secretário-geral do PS enalteceu a "voz corajosa" do Papa Francisco em defesa da justiça, dignidade humana e paz, considerando que foi um papa dos pobres e dos excluídos, cujo legado "ficará para sempre inscrito na história". À Renascença, considerou que Francisco era "uma voz corajosa" e um "homem bom".

"Foi com profunda consternação que recebi a notícia da morte de Sua Santidade o Papa Francisco. Ao longo do seu pontificado, o Papa Francisco foi uma voz corajosa em defesa da justiça social, da dignidade humana e da paz", afirmou Pedro Nuno Santos através das redes sociais.

Através da rede social X, o presidente da Iniciativa Liberal Rui Rocha lamenta a morte de Francisco e diz que os seus pensamentos estão com a comunidade católica, a igreja, o Vaticano e com todos os que foram inspirados pelo Papa.

O PCP também já se manifestou pelo desaparecimento do Papa Francisco. Numa nota, o partido considera Francisco "um Papa que marcou a Igreja, os católicos e outros cristãos nesta fase da história da humanidade com uma grande proximidade às causas da Paz, de defesa dos direitos económicos e sociais e de justiça para os excluídos desta sociedade 'submetida a interesses financeiros'. As suas Encíclicas, designadamente Laudato Si’ e Fratelli Tutti, constituem um avanço importante na doutrina social da Igreja". Em declarações à Renascença, o secretário-geral do PCP lembra "um homem de coragem" que "pôs o dedo na ferida".

Já a coordenadora do Bloco de Esquerda lembra alguns ideais de Francisco. Mariana Mortágua refere os pedidos de paz, os apelos ao cessar fogo e as condenações ao ódio e à economia que mata. A líder partidária termina a sua nota de pesar dizendo que Francisco deu esperança a todos os crentes e não crentes.

No CDS, o presidente do partido e ministro da Defesa, Nuno Melo, lamenta o desaparecimento de Francisco e as oportunidades que teve de o ouvir de forma mais próxima.

A Federação Portuguesa de Futebol lamentou a morte do Papa Francisco, ambicionando que "o seu legado de fraternidade seja seguido e honrado". Numa mensagem divulgada no seu sítio oficial na Internet e assinada pelo presidente da FPF, Pedro Proença, o organismo que rege o futebol em Portugal sublinhou que "o seu percurso e exemplo jamais serão esquecidos".

Noutro plano, a Universidade Católica Portuguesa manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento do Papa Francisco. "A sua partida deixa uma dor profunda nos crentes e em todos aqueles que encontraram nas suas palavras, gestos e ações um testemunho luminoso de humildade, generosidade, proximidade e esperança", lê-se na nota de pesar. A reitora da Universidade Católica Portuguesa, Isabel Capeloa Gil, escreve ainda que "esperança foi não só o mote da sua vida, mas o seu legado, uma mensagem particularmente relevante num mundo de dissidência e contradições, onde o Papa Francisco foi o derradeiro líder ético".

Também a Universidade NOVA de Lisboa recebeu faz saber que recebeu "com profundo pesar, a notícia do falecimento de Sua Santidade o Papa Francisco. “Figura incontornável do nosso tempo, o Papa Francisco será recordado pelo seu compromisso inabalável com a justiça social, o diálogo inter-religioso e a dignidade humana.

O seu legado vai além da ligação intrínseca à Igreja Católica, transcende fronteiras e continuará a inspirar gerações.”, afirma João Sàágua, Reitor da Universidade NOVA de Lisboa.

No setor da arte, o dramaturgo Tiago Rodrigues escreve que Francisco "até a um ateu como eu, ele deu vontade de rezar. Defendeu os pobres, os imigrantes, as minorias. Ainda ontem apelou ao cessar-fogo em Gaza. Exigiu os caminhos da paz, a submissão da economia à dignidade das pessoas e o respeito de todas as vidas. Se eu rezasse, seria para que a Igreja tenha a sabedoria de continuar o seu corajoso legado".

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