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Reportagem

"Esperemos que o próximo Papa também seja assim". Jovens portugueses testemunham história em Roma

24 abr, 2025 - 22:49 • Pedro Mesquita, enviado da Renascença a Roma

Por estes dias, todos os caminhos vão dar a Roma para as exéquias fúnebres do Papa, mas há também quem tenha planeado esta viagem há muito, a pensar no Jubileu. É o caso de um grupo de adolescentes da paróquia de Oliveira de Azeméis que a Renascença encontrou junto à Basílica de Santa Maria Maior, que será a última morada de Francisco.

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São 39 adolescentes de camisa verde e lenço vermelho ou amarelo ao peito. Falam português e estão sentados no chão, junto à Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, onde o Papa vai ser sepultado no próximo sábado. A viagem estava planeada há muito, explica Rodrigo, de 13 anos: “Vim aqui para o jubileu, para presenciar este momento, o Jubileu dos Adolescentes”.

Foi planeada uma viagem em festa, mas este grupo da paróquia de Oliveira de Azeméis chegou a Roma num momento de luto: “É verdade, coincidiu com a morte do Papa Francisco. No entanto, a morte também é um momento feliz para uma pessoa, pois vai ter com Deus”.

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Quando este Papa foi eleito, há 12 anos, Rodrigo era ainda criança de colo, mas há muitas memórias que lhe ficam das histórias da humanidade, da aproximação de Francisco aos mais jovens e aos pobres.

E percebe-se que Rodrigo também estudou um pouco da história da Igreja: “O Papa Francisco foi o primeiro Papa não-europeu em 1300 anos, da história dos Papas. Era um Papa que defendia a aceitação de todos. Temos a frase ‘todos, todos, todos’. Além disso era um Papa que gostava muito de crianças, o que é muito agradável. Esperemos que o próximo Papa também seja assim”.

Rodrigo é apenas um entre 39 adolescentes que aqui estão em Roma, até à próxima segunda-feira.

Chegaram esta quinta-feira à tarde, acompanhados por alguns monitores. Um deles é o Alexandre, sete anos mais velho: “Viemos da paróquia de Oliveira de Azeméis. Tivemos o gosto de poder trazer este ano 39 jovens e seis monitores. Somos, ao todo, 45 pessoas. É ótimo conseguir trazer tanta gente a Roma”.

Alexandre confessa que estava longe de imaginar que a visita a Roma iria coincidir com o funeral do Papa: “Não era o nosso plano estar no funeral, vamos tentar evitar um pouco a confusão, mas tencionamos passar lá para nos despedirmos do Papa. Claro que ficamos tristes de não poder vê-lo em vida, mas acho que é uma experiência completamente diferente e ao mesmo tempo muito enriquecedora para os miúdos”.

São memórias que se somam a outras memórias e certamente que esta visita à Roma ficará para sempre guardada no coração de todos estes adolescentes e jovens.

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