17 abr, 2025 - 09:45 • Inês Braga Sampaio
Durou somente 34 minutos, o primeiro jogo de Neymar Júnior a titular, após recuperar de lesão. O avançado queixou-se de um problema na coxa esquerda, durante a primeira parte da receção ao Atlético Mineiro, que marcava o seu centésimo jogo com a camisola do Santos na Vila Belmiro, e teve de ser substituído. Deixou o campo em lágrimas.
O Santos adiantou-se no marcador aos 24 minutos, com um golo de Zé Ivaldo, e ampliou a vantagem por intermédio Álvaro Barreal, aos 27.
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Foi logo após o segundo golo que as câmaras "apanharam" Neymar agarrado à zona posterior da coxa esquerda - onde se encontram os músculos isquiotibiais - e a chorar. O internacional brasileiro ainda pediu para continuar em campo por mais alguns minutos, contudo, após ser assistido, acabou substituído pelo ex-Benfica Benjamín Rollheiser.
Neymar foi transportado para fora das quatro linhas num carrinho de golfe, lavado em lágrimas e sob ovação dos adeptos do Santos.
Esta lesão muscular é já um problema que se repete para Neymar. O avançado, de 33 anos, queixou-se pela primeira vez da coxa esquerda no dia 2 de março, diante do Red Bull Bragantino, nos quartos de final do Paulistão. Não só falhou as meias-finais, frente ao Corinthians, como teve de saltar fora da convocatória da seleção brasileira para os jogos contra Colômbia e Argentina, de qualificação para o Mundial 2026.
Neymar regressou aos relvados no passado domingo, perante o Fluminense, embora tenha começado o jogo no banco. Entrou ao intervalo, mas não evitou a derrota, por 1-0, que ditou o despedimento de Pedro Caixinha. O treinador português não resistiu a um arranque de Brasileirão sem qualquer vitória nas primeiras três jornadas.
Esta recaída de lesão reacende o debate em torno da condição física de Neymar e das palavras de Jorge Jesus aquando da saída do "10" do Al-Hilal, da Arábia Saudita, no final de janeiro. Na altura, o técnico português justificou a saída do internacional brasileiro com o argumento de que ele não estava fisicamente apto para competir com regularidade.
No entanto, em fevereiro, Neymar fez seis jogos - mais num só mês que nos últimos seis com Jesus (dois) - e a verdade é que, ao fim de três meses com o Santos, já tem nove partidas realizadas, mais que as sete que disputou em todo o ano e meio que passou no Al-Hilal.
Até que chegou a lesão de março, que deixou Neymar fora dos relvados por mais de um mês. E agora, mal regressa, volta a lesionar-se.