31 mar, 2025 - 12:45 • Inês Braga Sampaio , Pedro Castro Alves
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) pede audiência "com caráter de urgência" ao Governo, depois da reunião de emergência da Direção, esta segunda-feira, a propósito da "guerra" entre Pedro Proença e Fernando Gomes, seus atual e anterior presidentes, respetivamente.
Em comunicado no site oficial, a FPF diz que o interesse nacional e a eleição de Proença para o Comité Executivo da UEFA "ficam seriamente comprometidas", depois de Gomes, agora líder do Comité Olímpico de Portugal (COP), ter negado qualquer apoio ao seu sucessor.
Algo que, no entender da nova Direção da FPF, "infligiu na credibilidade das mais relevantes instituições desportivas nacionais". Trata-se de uma situação que "dificilmente será reversível em tempo útil".
Como tal, na reunião desta segunda-feira, a FPF decidiu pedir uma audiência com caráter de urgência ao Governo, "para avaliação dos impactos" nas candidaturas à organização do Euro 2029 feminino e, juntamente com Espanha e Marrocos, do Mundial masculino 2030.
A Federação vai, também, enviar uma exposição ao Conselho de Ética do COP "para avaliação da atuação" de Fernando Gomes.
O organismo sublinha, ainda, que "mantém ativos os esforços para conseguir atingir o objetivo" de ter um representante nacional Comité Executivo da UEFA, cuja importância "não pode ser colocada em causa".
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Pedro Proença convocou, no domingo, a reunião desta segunda-feira, depois de ficar a conhecer o que apelidou de declarações "gravíssimas" de Fernando Gomes, em carta enviada aos representantes máximos da UEFA e aos presidentes das 55 federações que a compõem.
Proença tinha escrito uma missiva a garantir que Gomes apoiava a sua candidatura ao Comité Executivo da UEFA. Contudo, o ex-líder da FPF e atual presidente do COP negou qualquer apoio ao seu sucessor e acusou-o de querer destruir o legado por si construído ao longo de 13 anos.
Uma "guerra" que já teve reação de Sporting, que "acompanha com grande preocupação" a polémica, e FC Porto, que solicitou esclarecimentos sobre este "grave incidente". Também Sporting de Braga, Famalicão e Arouca já mostraram consternação com o sucedido.
"Registar com apreço as manifestações públicas de apoio dos diversos agentes do futebol português, num sinal da agregação em torno do projeto apresentado e sufragado por esta Direção, unindo o futebol português", pode ler-se no comunicado da Federação.