25 mar, 2025 - 12:45 • Luís Aresta , Inês Braga Sampaio
O presidente da Confederação do Desporto de Portugal (CDP), Daniel Monteiro, acredita que Fernando Gomes vai apostar na profissionalização do Comité Olímpico (COP), rumo a um salto qualitativo.
É esta terça-feira que Fernando Gomes toma posse como presidente do COP, depois de ter derrotado o antigo secretário de Estado do Desporto Laurentino Dias nas eleições na passada quarta-feira.
Em declarações a Bola Branca, Daniel Monteiro salienta que Fernando Gomes "é uma pessoa do desporto e conhecedora do desporto", pelo que prevê um trabalho orientado à evolução e à profissionalização, semelhante ao que foi feito na Federação Portuguesa de Futebol.
"[Fernando Gomes] passou por várias organizações desportivas, em todas elas deixou um legado muito importante e estamos em crer que continuará esse trabalho de crescimento e desenvolvimento do Comité Olímpico. É um momento em que o desporto está a atingir resultados importantes, em que cada vez mais as organizações internacionais e as próprias organizações desportivas lá fora se estão a profissionalizar, e julgo que pode ser um contributo muito importante na profissionalização do COP e da Missão olímpica portuguesa", diz o presidente da CDP.
O desejo de Daniel Monteiro para este primeiro mandato de Fernando Gomes é que os próximos cinco anos do COP "sejam ricos em melhores condições para os atletas portugueses". Também espera que as Missões olímpicas "proporcionem muitas alegrias e um sentimento de orgulho a todos os portugueses", "em especial" em Los Angeles 2028:
"Que esse espírito de missão seja cada vez mais robustecido, para que continuemos a ter os resultados que temos tido e, se possível, continuar a melhorá-los ao longo das próximas edições dos Jogos Olímpicos."
Em entrevista à Renascença, antes das eleições, Fernando Gomes afirmou que "intransigente" na exigência de que o Governo que sair das eleições de 18 de maio honre o compromisso de apoio de 65 milhões de euros para o desporto, assumido pelo executivo em funções.
No entender o presidente da Confederação do Desporto, nestas declarações a Bola Branca, "a distribuição e gestão dessas verbas" está nas mãos do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ).
"Compete ao instituto público estar acima de qualquer crise ou instabilidade política. Existe precisamente para ser um instituto autónomo e que não está dependente de ser este ou outro governo em funções. Queremos que essas verbas cheguem o mais rapidamente possível ao setor, para que consigamos ter o mais rapidamente possível resultados práticos do investimento dessas verbas", sublinha.