13 fev, 2025 - 21:26 • Diogo Camilo
Depois de ter confirmado ontem que haverá reuniões entre os EUA e a Rússia para o fim da guerra na Ucrânia - e que o primeiro deles será na Arábia Saudita -, Donald Trump afirmou esta quinta-feira que Kiev estará envolvido nas negociações e que confia em Vladimir Putin.
“[A Ucrânia] faz parte das negociações. Teríamos a Ucrânia, temos a Rússia e temos outras pessoas envolvidas, muita gente”, afirmou Trump aos jornalistas na Sala Oval da Casa Branca, em Washington, depois de mais uma ronda a assinar novas ordens.
Questionado sobre se confia em Putin, o presidente norte-americano não hesitou: “Acredito que ele gostaria que algo de bom acontecesse. Confio nele nesta matéria”, disse, citado pela Reuters.
Trump também demonstrou confiar no presidente russo na matéria da troca internacional, afirmando que adoraria que a Rússia voltasse ao G7, que voltariam assim a ser Grupo dos Oito.
“Adorava que voltassem. Foi um erro expulsá-la. Não é uma questão de gostar ou não gostar da Rússia. Era o G8”, afirmou o presidente norte-americano.
“Eu disse-lhes: ‘O que estão a fazer? Só estão a falar da Rússia e eles deviam estar sentados à mesa’. Penso que Putin adorava voltar”, acrescentou.
A Rússia foi expulsa do então Grupo dos Oito em março de 2014, depois da anexação russa da Crimeia, com o bloco a tornar-se G7 - composto por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.
Donald Trump deixou ainda a ambição de reiniciar as conversações sobre desnuclearização com a Rússia e a China, de forma a reduzir para metade os gastos dos três países na defesa. Questionado pelos jornalistas, o chefe de Estado norte-americano disse estar a ponderar realizar uma cimeira trilateral com o Presidente chinês, Xi Jinping, e o homólogo russo, Vladimir Putin, assim que "as coisas acalmarem um pouco".